Carlos
Marun, ontem, mostrou que veio para ser o Cunha explícito de Michel Temer,
declarando, sem nenhum pudor, que o Governo está trocando,financiamentos em
bancos públicos por votos na reforma da Previdência.
“Veja
bem, é uma ação de governo, sendo uma ação de governo, obviamente o nível de
apoio que governador puder prestar a favor da reforma vai ser considerado nesta
questão”, declarou.
Não
se teve notícia de que o Tribunal de Contas ou o Ministério Público tenham
considerado que Marun, expressamente, está trocando créditos bancários por votos no Congresso.
Também
não se tem informação de que tenha sido revogado o artigo 37 da Constituição:
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
Ou
alguém acrescentou aí um “reforma da previdência”?
Afinal,
o Estadão publica que Marun ” levantou todos os pedidos de empréstimos na Caixa
por Estados, capitais e outras grandes cidades e condicionou a assinatura dos
contratos à entrega de votos pelos governadores e prefeitos que exercem
influência sobre os deputados”.
Fui
procurar as reações furiosas do promotor Julio Marcelo, aquele que defendia a
cassação de Dilma Rouseff por operações contábeis do Banco do Brasil para
cobrir o financiamento da safra agrícola e o “Minha Casa Minha Vida”.
Não
achei.
Então
fui à página do pessoal do Kim. Nada.
Na
do Bolsonaro, coisa alguma, também.
Também
na do procurador Deltan Dallagnol não havia um pio.
Não
sei se se disporão a algo como aquela foto sorridente que tiraram ao lado de
Eduardo Cunha, há menos de dois anos.
Marun,
o neo-Geddel, é explícito demais. Mas os
nossos “ex-moralistas”, sobre esta pornografia política, acham que é “arte”.
Publicado
originalmente no portal Tijolaço
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