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16 de dezembro de 2017

Maia critica PT, mas vê aliança entre DEM e Camilo como natural

Evento de filiação do deputado federal Danilo Forte à sigla na manhã de ontem  (15/12) explicitou contradições da aliança local nos discursos de defesa à reforma da Previdência e de críticas ao PT.

O Partido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), um dos principais aliados de Michel Temer (PMDB) no Congresso Nacional, o DEM é da base do governador petista Camilo Santana na Assembleia Legislativa do Ceará.

Em defesa da mudança nas aposentadorias, Maia afirmou que nenhum político pode prometer nas eleições de 2018 “uma vaga na creche, um policial a mais nas ruas, um posto de saúde nos bairros” sem discutir a necessidade da reforma. Seu discurso também foi de elogio à “unidade” do DEM, “um partido com ideologia clara” no qual “todos pensam muito parecido”.

Questionado sobre aliança local com Camilo, que já afirmou ser contra a reforma, disse que não acredita nessa posição. “As práticas dele como governador são de um político a favor da reforma, é só olhar para o que ele já fez para organizar as contas públicas do Ceará. Ele fala uma coisa, mas a prática do governo dele está mostrando outra coisa”, disse.

Procurado, o porta-voz do governador não atendeu as ligações da reportagem. Já o líder de Camilo na Assembleia, deputado Evandro Leitão (PDT), respondeu a declaração. “As práticas dele (Camilo) são completamente antagônicas às práticas do governo Temer. As matérias que ele manda para a Assembleia vão ao encontro dos anseios da população”, defendeu. Sobre a aliança com o DEM, disse que “fazer política local é uma coisa e fazer política nacional é outra”.

A fala foi na mesma linha da do líder do DEM na Câmara dos Deputados, Efraim Filho (PB). “As políticas locais respeitam uma realidade diferente do palanque nacional. A realidade do Ceará não muda o que o DEM defende em termo de políticas públicas para o País, apenas se respeita”, explicou.

Um dos que fez críticas mais direcionadas ao partido de Camilo foi o ministro da Educação Mendonça Filho, também filiado ao DEM. Ele iniciou a manhã em audiência com o governador no Palácio da Abolição, onde assinaram liberação de recursos para o Estado. Mais tarde, em entrevista ao O POVO, reclamou de protesto contra a reforma da Previdência em evento de que participou no município de Maranguape. “O PT e seus aliados têm a máxima da prática da mentira e da manipulação como método político”, acusou.

Danilo Forte, recém-ingresso no Democratas, falou do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no seu discurso. Dirigindo-se ao vice-prefeito de Fortaleza Moroni Torgan (DEM), lembrou de quando, juntos, “enfrentaram as falcatruas do governo da Dilma” e atribuiu a crise econômica aos governos petistas. Quando questionado se apoiaria a reeleição de Camilo, porém, ele preferiu não responder, afirmando que “2018 só em 2018”.

Com informações portal O Povo Online

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