O Evento
de filiação do deputado federal Danilo Forte à sigla na manhã de ontem (15/12) explicitou contradições da aliança local nos discursos de defesa à reforma da
Previdência e de críticas ao PT.
O Partido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), um dos principais aliados de Michel Temer (PMDB) no Congresso Nacional, o DEM é da base do governador petista Camilo Santana na Assembleia Legislativa do Ceará.
Em
defesa da mudança nas aposentadorias, Maia afirmou que nenhum político pode
prometer nas eleições de 2018 “uma vaga na creche, um policial a mais nas ruas,
um posto de saúde nos bairros” sem discutir a necessidade da reforma. Seu
discurso também foi de elogio à “unidade” do DEM, “um partido com ideologia
clara” no qual “todos pensam muito parecido”.
Questionado
sobre aliança local com Camilo, que já afirmou ser contra a reforma, disse que
não acredita nessa posição. “As práticas dele como governador são de um
político a favor da reforma, é só olhar para o que ele já fez para organizar as
contas públicas do Ceará. Ele fala uma coisa, mas a prática do governo dele
está mostrando outra coisa”, disse.
Procurado,
o porta-voz do governador não atendeu as ligações da reportagem. Já o líder de
Camilo na Assembleia, deputado Evandro Leitão (PDT), respondeu a declaração.
“As práticas dele (Camilo) são completamente antagônicas às práticas do governo
Temer. As matérias que ele manda para a Assembleia vão ao encontro dos anseios
da população”, defendeu. Sobre a aliança com o DEM, disse que “fazer política
local é uma coisa e fazer política nacional é outra”.
A
fala foi na mesma linha da do líder do DEM na Câmara dos Deputados, Efraim
Filho (PB). “As políticas locais respeitam uma realidade diferente do palanque
nacional. A realidade do Ceará não muda o que o DEM defende em termo de
políticas públicas para o País, apenas se respeita”, explicou.
Um
dos que fez críticas mais direcionadas ao partido de Camilo foi o ministro da
Educação Mendonça Filho, também filiado ao DEM. Ele iniciou a manhã em
audiência com o governador no Palácio da Abolição, onde assinaram liberação de
recursos para o Estado. Mais tarde, em entrevista ao O POVO, reclamou de
protesto contra a reforma da Previdência em evento de que participou no
município de Maranguape. “O PT e seus aliados têm a máxima da prática da
mentira e da manipulação como método político”, acusou.
Danilo
Forte, recém-ingresso no Democratas, falou do impeachment da ex-presidente
Dilma Rousseff (PT) no seu discurso. Dirigindo-se ao vice-prefeito de Fortaleza
Moroni Torgan (DEM), lembrou de quando, juntos, “enfrentaram as falcatruas do
governo da Dilma” e atribuiu a crise econômica aos governos petistas. Quando
questionado se apoiaria a reeleição de Camilo, porém, ele preferiu não
responder, afirmando que “2018 só em 2018”.
Com
informações portal O Povo Online
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