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5 de dezembro de 2017

Ciro disse que ainda não vê aliança com Eunício para as eleições

O pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), se contrapôs ao irmão Cid Gomes (PDT) e afirmou que não vê, a preço de hoje, uma possibilidade de acordo entre o governador Camilo Santana (PT) e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), para a eleição do próximo ano.

Questionado pelo O POVO, o ex-ministro disse que o “povão não vai entender” a aliança porque “as diferenças são muito graves” (entre Camilo e Eunício).

Momentos antes de participar de palestra na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) na noite de ontem (05/12), o pedetista relembrou que a ruptura entre o grupo e o peemedebista foi recente e que a diferença entre os grupos ainda é muito “funda”. No mesmo evento, porém, Cid admitiu, mais uma vez, a possibilidade de um reagrupamento.

“Se houver uma majoritária repulsa a essa aliança, nem vai ser bom para o Eunício nem vai ser bom para o Camilo, e os dois vão perceber que é melhor caminharem separados. Se, ao contrário, no tempo devido, houver aceitação, compreensão, e um apoiamento para isso, pode acontecer”, declarou.

Os irmãos Ferreira Gomes, no entanto, afirmam que essa aproximação é puramente administrativa e que a possibilidade de aliança eleitoral ainda não está sendo discutida. Ciro relatou que a aproximação entre Camilo e Eunício foi avalizada por ele no momento em que recursos para investimento no Ceará estavam presos em Brasília.

“Consultado pelos amigos, eu recomendei a eles que fossem ao presidente do Senado porque política não pode ser um ato de destruição que tem o povo como vítima. Política tem que ser um ato de disputa, mas no Ceará há uma tradição de respeito. Não precisamos ser inimigos”, relatou Ciro.

Cid, porém, declarou que se a relação administrativa, “que tem o Ceará como preocupação”, “evoluir para uma aliança política, vai depender fundamentalmente da disposição dos dois (Camilo e Eunício), de estarem juntos”.

“Eu não sei a quantas anda essa relação, o entendimento nesse sentido, mas, para além da disposição dos dois, quem está na política por espírito público, e em respeito à população, vai ter obviamente que ouvir qual o sentimento da população”, defendeu o ex-governador.

Também presente ao evento com empresários, o presidente estadual do PDT, deputado André Figueiredo, rechaçou possível acordo local para 2018. Segundo ele, há “graves obstáculos” para a aliança se materializar e que um possível acordo seria “danoso” para a imagem de Ciro como candidato a presidente porque o PMDB “representa tudo aquilo” que o grupo combate politicamente. 

“Nós teremos muitas dificuldades de avançar nessa aliança”, argumentou.

Com informações portal O Povo Online


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