Grupo
de juristas cearenses encabeçou protesto contra o juiz federal Sergio Moro,
durante XIV Congresso Brasileiro dos Procuradores Municipais (CBPM), em
Curitiba (PR), na última terça-feira, (20/11). Segundo o movimento, cerca de 40
juristas se retiraram da palestra de Moro após as vaias.
A crítica é de que a
presença de Moro serviu de “palanque para suas ideias” e que ele “desrespeita
direitos da advocacia”. Organização do congresso nega “partidarização”. Caso
teve repercussão nacional.
Conforme
o procurador municipal Guilherme Rodrigues, o Coletivo Juristas pela Legalidade
e pela Democracia do Ceará tomou a frente do ato, levando três faixas ao evento
– “Vergonha” escrita nelas –, e a ideia inicial era fazer “protesto
silencioso”, sem vaias ao juiz responsável pelos julgamentos em 1º instância da
Operação Lava Jato.
A
ideia logo foi abandonada após “dificuldade criada pela organização” do
Congresso para barrar a entrada de faixas. “Ameaçaram chamar a polícia.
Dissemos que iríamos apenas estender as faixas e nos retirar, porque não
tínhamos interesse nenhum em ouvi-lo”, contou Guilherme, membro da executiva do
Coletivo.
Guilherme
também tece críticas à Associação Nacional dos Procuradores Municipais (ANPM),
organizadora do evento, da qual foi presidente entre 2012-2014. “Aparelharam a
entidade para colocar no palco um juiz que não respeita direitos dos advogados
e não falou nada do tema proposto”, argumentou o procurador.
Atual
presidente da ANPM e membro da mesa da palestre de Moro, Carlos Mourão alega
não ter ouvido vaias, apenas “aplausos”. “Convidamos várias pessoas (para o
congresso). Discutimos como Moro a experiência do combate à corrupção,
preventivamente. Não foi para outra questão. A tônica foi essa”, complementou.
Ele
afirma que a administração do local, o Teatro Ópera de Arame, evita entrada de
materiais “como guarda-chuvas, vidros” para a segurança dos convidados e do
juiz federal.
Com
informações portal O Povo Online
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