O
presidente do PMDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), declarou que
a sigla pode lançar candidato à Presidência da República na eleição de 2018.
Segundo ele, o presidente Michel Temer vai deixar um legado que será "uma
das espinhas dorsais" das discussões do pleito do próximo ano.
"Se
não tiver ninguém para defender esse legado, o PMDB não vai ficar órfão e vai
lançar um candidato à presidência da República para defender esse legado.
Michel Temer fez mágica, ele fez mais do que Mister M e David Copperfield
juntos", diz.
Para
o líder do governo, o PSDB terá que decidir se é a favor ou não das medidas
tomadas pelo presidente Temer. Ele admitiu que a saída do tucano Bruno Araújo
do cargo de ministro das Cidades, acelerou a reforma ministerial, e disse que a
permanência do partido nos cargos dependerá de "qual tamanho o PSDB quer
ter dentro do governo". "A vontade de nomear para cargos em
ministérios é dupla. Não vamos forçar o PSDB a nada. Mas o PSDB pode ajudar
independentemente de ter cargo ou não, é um partido importante".
Jucá
considera que a reforma ministerial deve ocorrer com nomes experientes e que
não serão candidatos à eleição, para que os novos ministros possam trabalhar
com o orçamento desde o início do ano que vem.
Lideranças
de partidos da base aliada reagiram negativamente ontem à decisão do presidente
Michel Temer (PMDB) de obrigar todos os ministros que serão candidatos nas
eleições de 2018 a deixarem os cargos até dezembro deste ano. O argumento é de
que a saída antecipada é prejudicial, porque acontecerá no momento em que os
titulares das pastas estão colhendo os resultados positivos de suas ações.
A
definição de Temer, se levada adiante pelo presidente, prejudica principalmente
aqueles ministros que não possuem mandatos, entre eles, Gilberto Kassab
(Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) e Marcos Pereira (Indústria,
Comércio Exterior e Serviços). Sem os cargos no primeiro escalão do governo,
ficarão sem foro privilegiado por pelo menos um ano e, portanto, voltarão a
serem julgados pela primeira instância.
O
líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB), externou a reclamação feita
por outras lideranças nos bastidores. “Não é o sentimento da base, que pretende
dar continuidade às ações já iniciadas nos ministérios. Será um quebra de rito
desnecessária e prejudicial, no momento em que estamos colhendo os frutos de
uma agenda em desenvolvimento”, disse à reportagem.
De
acordo com o parlamentar paraibano, o DEM defende que o ministro da Educação,
Mendonça Filho, continue no cargo até o início de abril do próximo ano, prazo
limite exigido pela legislação eleitoral para que ministros que disputarão o
pleito de outubro se desincompatibilizem dos cargos. Deputado federal
licenciado por Pernambuco, Mendonça deve tentar reeleição ou o governo de Pernambuco.
Presidente
licenciado do PSD, Kassab afirmou que respeitará qualquer decisão de Temer para
tirar seus ministros antes, mas avaliou que não deve ser atingido pela reforma
ministerial, pois não é pré-candidato. “Todo mundo sabe que, hoje, não sou
candidato. O partido ficou de definir esse assunto no início do próximo ano.
Estou aguardando definição do senador José Serra (PSDB-SP) para analisar que
rumo tomarei”, disse Kassab.
Embora
diga que não é candidato, aliados do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações
e Comunicações dizem que ele se movimenta para ser candidato a alguma das vagas
majoritárias em uma chapa com Serra. Esses aliados afirmam que, atualmente, as
negociações são para que o senador tucano, cujo mandato parlamentar só termina
em 2018, seja candidato a governador de São Paulo e Kassab, a vice de Serra.
Presidente
licenciado do PRB, Pereira também diz que respeitará decisão de Temer, mas
admite que a saída antecipada seria ruim. “Evidentemente que teremos muitas
entregas programadas para primeiro trimestre (de 2018)”, disse. O ministro diz
que ainda não definiu se será candidato. Ele avalia se candidatar a deputado
federal. “Decidirei dentro do prazo: dezembro”, declarou.
Com
informações portal O Povo Online
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