A descontração dos antigos adversários após reunião (Foto: Aurélio
Alves)
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O
presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB) admitiu possibilidade de aliança
com o governador Camilo Santana (PT) para as eleições de 2018. “A aliança é
administrativa em prol do Ceará. Se essa aliança se estender para um outro tipo
de processo desde que não seja para beneficiar eleição de A ou de B e, sim,
para que o Ceará possa continuar avançando e se desenvolvendo, ela é possível”,
disse em evento no Palácio da Abolição na manhã de ontem (17/11).
Essa
é a primeira vez que um dos dois admitiu que a aproximação poderia ir além do
caráter “institucional” alegado desde que aliança começou a ser especulada.
Camilo, no entanto, preferiu não comentar o assunto. Questionado, respondeu que
“eleição é só no próximo ano”.
Ambos
estiveram lado a lado no evento “Juntos por Fortaleza”, em que Camilo e o
prefeito Roberto Claudio (PDT) anunciaram ações para a capital cearense. As
trocas de agradecimentos deram tom de festa ao ato, onde foram anunciados quase
R$ 2 bilhões em investimentos, dos quais uma parte teria sido conquistada
graças ao apoio de Eunício no Senado.
“Quero
agradecer em especial o Eunício e pedir uma salva de palmas para ele.
Independente de cor partidária, o cargo que ele ocupa hoje tem ajudado muito os
cearenses”, discursou Camilo. RC chegou a se referir ao peemedebista como
“nosso presidente” em agradecimento.
Durante
discurso, o senador também destacou que, “independente de posição partidária”,
parceria era “para que o Estado possa se desenvolver”.
Antigo
aliado dos Ferreira Gomes, o senador rompeu com o grupo em 2014 e adotou
discurso crítico tanto aos ex-governadores Cid e Ciro Gomes (PDT), quanto ao
governo de Camilo. Ontem, disse que avaliação que faz da gestão é “de
trabalho”. “Sempre tive muito respeito pelo governador Camilo, mesmo durante a
campanha. Eu nunca fui insultado nem nunca agredi o governador Camilo, e nunca
fui agredido. Nunca fui um crítico severo do governador Camilo”, respondeu.
Camilo
e Eunício chegaram juntos ao evento. Antes, eles estavam reunidos, junto com
Roberto Cláudio, em conversa reservada na sala do governador no Palácio da
Abolição.
O
senador pareceu à vontade entre os ex-aliados. Durante apresentação do plano
feita por Camilo e RC, que durou cerca de uma hora, ele conversou animadamente
e por meio de cochichos com o presidente da AL-CE Zezinho Albuquerque (PDT).
Quem
pareceu não estar gostando do tom do evento foi o deputado federal André
Figueiredo, presidente do PDT. Sentado na ponta do palco, permaneceu maior
parte da manhã calado e sério. Quase na outra ponta estava o senador petista
José Pimentel, lembrado algumas vezes nos discursos, mas sem espaço para fala
oficial. O deputado federal José Guimarães (PT) também esteve presente. Este
negou caráter político do ato.
Com
informações portal O Povo Online
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