O
governador Camilo Santana (PT) reagiu ontem (11/11) às acusações do senador Tasso
Jereissati, que declarou que o petista é “mandado” pelos Ferreira Gomes. O
tucano classificou o grupo liderado pelos irmão Cid e Ciro Gomes (PDT) como
“oligarquia”. Para Santana, a crítica é um “absurdo”.
“Lamento
muito que esse absurdo venha de alguém que há poucos dias me fazia elogios.
Minha resposta é continuar trabalhando firme pelo povo do Ceará, como tenho
feito todos os dias”, respondeu Camilo. “Não tenho tempo a perder com esse tipo
de discussão”, continuou.
O
episódio de Tasso Jereissati falando das relações entre os Ferreira Gomes com o
Palácio da Abolição, durante a convenção estadual do PSDB, na última
sexta-feira, 10, é a primeira crítica pública do senador tucano dirigida ao
governador Camilo Santana. Antes do caso, o comportamento de ambos era bem
diferente. O petista já teceu elogios a Tasso Jereissati e o senador chegou a
dizer, inclusive, que Camilo tinha um “jeitão de tucano”.
A
assessoria do senador informou que ele viajou para o exterior e “provavelmente,
não tomou conhecimento” dos comentários.
Na
própria sexta-feira, Ciro Gomes subiu o tom do embate com Tasso Jereissati e
rebateu, com ironia, a acusação de que a família dele seria uma “oligarquia”.
“O Banco do Estado do Ceará (BEC) foi destruído pela oligarquia dos Ferreira
Gomes que entregou o dinheiro pros amigos, e os amigos não pagaram e quebraram
o banco. Essa oligarquia precisa ser banida do Ceará”, ironizou, referindo-se
ao tucano.
O
ex-presidente do PSDB no Ceará Luiz Pontes disse que as declarações de Tasso
não “denigrem” a imagem de Camilo. “O Ceará todo sabe que quem comanda o
Governo hoje é o Ciro”, reforçou. “Se não fosse, Camilo já teria botado pra
fora alguns secretários que não gosta e tem que engolir”, cutucou Pontes,
evitando citar nomes.
O
recém-empossado presidente do PSDB-CE, Francini Guedes, também endossa a
acusação de que Camilo Santana é “guiado” pelos irmãos Ferreira Gomes. “Camilo
é jovem e trabalhador. Tem todas as condições de caminhar só e dirigir o passo
do Ceará”, cutuca.
O
deputado tucano Carlos Matos defende que as interferências do grupo extrapolam
o Palácio da Abolição e chegam também à Assembleia Legislativa. “Toda a
Assembleia recebe o comando do Cid Gomes. Os Ferreira Gomes são realmente
líderes do comando político que sustenta o Governo. Nada passa pela Assembleia
sem a aprovação deles”, avança.
Com
informações portal O Povo Online
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