Alçado
a “candidato de consenso” à presidência do PSDB, o governador Geraldo Alckmin
(SP) confirmou ontem (28/11) que tucanos deixarão o governo Michel Temer após
ele assumir o comando da sigla.
Feita após dia de reviravoltas no partido, fala
de Alckmin irritou o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que
cobrou “juízo” e respaldo até a transição de 2018.
“Prefiro
acreditar que o PSDB vai ter juízo e somar forças para ajudar a gente a
concluir essa transição”, diz Jucá, que lembra da possibilidade de aliança
entre PMDB e PSDB em 2018.
O desconforto dos aliados do Planalto ocorreu após Alckmin falar ontem que, se dependesse dele, a sigla nem teria se aliado a Temer. “Eu sempre fui contra participar do governo”, diz.
O desconforto dos aliados do Planalto ocorreu após Alckmin falar ontem que, se dependesse dele, a sigla nem teria se aliado a Temer. “Eu sempre fui contra participar do governo”, diz.
As
desavenças serão levadas à mesa de negociação no próximo sábado, quando o
tucano se reunirá com Temer em Limeira (SP). Além de Alckmin, o senador Aécio
Neves (PSDB-MG) também confirmou desembarque do partido da base aliada,
classificando a questão como “superada”. O senador, no entanto, defende saída
“pela porta da frente, de cabeça erguida”.
Apesar
de buscar “desconectar” imagem do PSDB com a do governo, Alckmin afirma que o
partido continuará dando apoio para propostas que forem “do interesse do País”.
Questionado se abandonaria Temer, o tucano foi evasivo: “Abandonar no sentido
de não ter compromisso, não. Temos que dar sustentação na Câmara e votar
projetos de interesse do País”, afirma
Levantada
para colocar fim em impasse entre tucanos Tasso Jereissati (CE) e Marco Perillo
(GO) pelo comando do partido, candidatura de Alckmin foi costurada pelo
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e deve ser confirmada na convenção da
sigla, próximo dia 9 de dezembro.
Candidato
que defendia postura de autocrítica e rompimento com o atual governo “mais
radical”, Tasso disse sair da disputa “aliviado” e com “sensação de dever
cumprido”. Segundo ele, função de sua candidatura era “chacoalhar” o PSDB.
“Mostramos
que tem gente diferente, não somos como o PSDB que ultimamente estava
aparecendo na mídia. Existe ainda indignação com atitudes que não condizem com
nossa história, o nosso princípio. Deu uma chacoalhada principalmente nos mais
jovens”, disse, em referência às suspeitas de corrupção em torno de Aécio
Neves.
“O
governador Alckmin tem a liderança, tem a autoridade e a habilidade necessárias
para resolver os enormes problemas que o partido tem”, disse Tasso. “As
opiniões diferentes existem, mas ele (Alckmin) como ponto de união, vai ser
capaz de convergir para uma solução”, afirma o senador.
Com
informações portal O Povo Online
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