A
deputada Aderlânia Noronha (Solidariedade) protocolou ontem (27/11), na Assembleia
Legislativa do Ceará, projeto de lei que cria a Semana Estadual pela Não
Violência Contra a Mulher, a ser comemorada, anualmente, na última semana do
mês de novembro.
“A
Semana Estadual pela Não Violência contra a Mulher sinaliza a disposição da
Assembleia Legislativa do Ceará de se somar a esses esforços internacionais,
confirmando o compromisso histórico adotado pelo Brasil desde a instituição da
Lei Maria da Penha, em 2006”, justificou a parlamentar.
A
instituição da Semana proposta se junta à campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim
da Violência contra as Mulheres, que é uma mobilização mundial instituída desde
1991 e celebrada anualmente a partir de cada dia 25 de novembro, alcançando já
160 países. As atividades se estendem até o dia 10 de dezembro, que é o Dia
Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
A
proposição determina que, durante a semana, o poder público promova debates,
palestras e seminários, entre outros eventos, em parceria com entidades da
sociedade civil, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a
necessidade de respeitar os direitos das mulheres.
De
acordo com especialistas, o Brasil se caracteriza, de um lado, por possuir uma
avançada legislação nessa área e, de outro, pelos altos índices de violência
contra a população feminina.
“É
preciso somar forças para enfrentar a violência. A sociedade civil e o poder
público têm importante participação na construção de uma cultura de paz e de
não violência contra mulheres, na defesa dos direitos humanos e garantia da
cidadania” finalizou a deputada.
Segundo
o Mapa da Violência de 2015, que pesquisou 83 países com base em dados
fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o país ocupa a quinta
posição no ranking das nações que mais matam mulheres. A cada 100 mil mulheres
brasileiras, 4,8 foram assassinadas em 2015.
Ao
mesmo tempo, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), cujo propósito é
combater a violência contra a mulher, é reconhecida pela Organização das Nações
Unidas (ONU) como uma das melhores legislações do mundo no enfrentamento à
violência de gênero.
Frequentemente
destacada também é a Lei do Feminicídio (Lei 13.104/2015), sancionada pela
então presidente Dilma Rousseff, que colocou a morte de mulheres no rol de
crimes hediondos e diminuiu a tolerância nesses casos.
Com informações Assessoria Parlamentar da Deputada Aderlânia Noronha
Com informações Assessoria Parlamentar da Deputada Aderlânia Noronha
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