Tasso
Jereissati fez duras críticas ao governador Camilo Santana na convenção do PSDB
(Foto: Aurélio Alves)
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O
senador tucano Tasso Jereissati acusou o governador Camilo Santana (PT) de ser
“mandado” pelo grupo dos Ferreira Gomes, comandado pelos ex-governadores Cid e
Ciro Gomes (PDT). “Depois dos Accioly, nós voltamos a ter oligarquia no Ceará.
Um é candidato aqui, outro é candidato ali, a irmã também é candidata, e o
governador é mandado por eles. Assim não dá”, afirmou durante convenção do PSDB
Ceará na manhã de ontem (10/11) em Fortaleza.
Reiterando
acusações feitas por Luiz Pontes, ex-presidente estadual do PSDB, Tasso afirmou
que oposição vem sendo “cooptada”. O tucano, que foi aliado de Ciro por mais de
20 anos, assumiu o discurso de confronto na mesma semana em que oficializou
candidatura ao comando nacional da sigla pregando ética e renovação da
política.
Discurso de Tasso também acontece em meio a rumores de que ele e Camilo estariam se aproximando, junto com o presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB), por causa de frequentes conversas para a liberação de recursos para o Estado. O tucano, porém, disse que partido não apoia o PT e “nenhum candidato que apoie o Lula e PT”.
A crítica velada a Eunício, que já declarou votar no Lula “se não houver um entendimento nacional e uma aliança local” que o impeça, foi confirmada ao jornal O POVO após evento. “Essa é um decisão dele (Eunício), mas essa decisão dele, evidentemente, significa que o nosso apoio não terá. (...) Quem vota no Lula não terá o nosso apoio”, respondeu após ser questionado sobre aliança entre Eunício e Camilo.
O peemedebista evitou responder. “Eu não vou repercutir nenhuma fala do senador Tasso, que foi meu colega de chapa, é meu colega no Estado do Ceará”, disse. Seu nome era o principal defendido pela oposição para disputar o Governo em 2018.
Agora, Tasso é quem desponta, mas voltou a negar candidatura. “O PSDB não pode depender de um só nome. Às vezes é mais cômodo concorrer com o mais conhecido, que já foi governador, mas está na hora de mudar”, disse, sob salvas de palmas e gritos pedindo: “Tasso, Tasso”.
Evandro
Leitão (PDT), líder do Governo na Assembleia, rebateu. “Foi uma declaração
extremamente infeliz demonstrando desrespeito com aqueles que já fizeram tanto
pelo Estado”, disse. “Uma coisa é cooptar, outra coisa é a oposição reconhecer
a liderança do Camilo e o trabalho que está sendo feito”.
Tucano,
o secretário do Planejamento e Gestão do Estado Maia Júnior estava presente na
convenção. Afirmou que não comentaria as críticas “por questão de ética”, mas
disse que continuará na sigla e no cargo. “Estou no Governo pessoalmente e como
profissional, não partidariamente”.
Com
informações portal O Povo Online
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