O
recuo do senador Tasso Jereissati (PSDB) da candidatura à presidência nacional
do PSDB já tem consequências no Ceará. Membros da oposição e aliados do
ex-governador agora aumentam a pressão para que o tucano reveja a negativa e se
lance candidato ao Governo do Estado no ano que vem.
Sem
responsabilidades partidárias em Brasília, as preocupações de Tasso agora se
voltam para o Estado que governou por três oportunidades.
Depois de admitir a
aliados que poderia disputar a sucessão de Camilo Santana (PT), o senador
acabou recuando da possibilidade e tem admitido publicamente que não pretende
voltar a disputar a cadeira de chefe do Executivo estadual.
O
presidente estadual da sigla, Francini Guedes, disse ao jornal O POVO que a retirada
da candidatura nacional, em nome da unidade do PSDB em torno do nome do
governador Geraldo Alckmin, “naturalmente aumenta a pressão” da candidatura
porque há “muita gente querendo o nome dele” para o Palácio da Abolição.
O
deputado de oposição ao governador Camilo Santana na Assembleia Legislativa,
Roberto Mesquita (PSD), avalia que a renúncia de Tasso em âmbito nacional dá
“esperança” à ala opositora. “Ele vai ter mais tempo de se dedicar, como o
gesto que ele fez agora reunindo diversos prefeitos para tratar estratégias de
desenvolvimento para o Ceará”, prevê o parlamentar.
Para
o deputado estadual Carlos Matos (PSDB), a pressão aumentará, inclusive, porque
há um interesse nacional da legenda para a candidatura, tendo em vista a necessidade
de fortalecer os palanques regionais na eleição presidencial de 2018. “Que vai
aumentar a pressão, eu não tenho dúvida”, admite.
Aliados
do senador não levaram a sério a recusa do tucano sobre a eleição ao Executivo
em 2018. A grande maioria das lideranças ouvidas relembra as declarações em
2014 quando, ao ser derrotado para a reeleição no Senado, Jereissati disse que
deixaria a política e cuidaria dos netos. Quatro anos mais tarde, no entanto,
voltou a disputar a eleição e acabou vencedor.
Depois
de se lançar candidato à presidência nacional do PSDB, o cearense acabou
recuando da candidatura em nome da unidade do partido. Conforme o jornal O POVO apurou,
a decisão já havia sido tomada na última quinta-feira (23/11) após conversas com o
governador de São Paulo.
Antes
de anunciar a desistência da candidatura ontem (27/11), o senador Tasso se reuniu com
lideranças do PSDB de São Paulo. O cearense tinha a maioria do apoio dos
paulistas na convenção de dezembro.
Dos
13 deputados federais de São Paulo, pelo menos 12 anunciaram voto no
ex-governador do Ceará. O partido em São Paulo divulgou nota a favor de Tasso
na época da destituição.
Depois
de deixar a disputa pela presidência do PSDB, o senador Tasso Jereissati
afirmou esperar que “alguns setores do partido não tenham participação nenhuma
(na nova Executiva), ou muito pouca, porque foram responsáveis por essa falta
de credibilidade”.
Com
informações portal O Povo Online
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