Aécio
diz que afastamento de Tasso foi para garantir isonomia entre os postulantes (Foto:
Ailton Freitas)
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Afastado
da presidência do PSDB desde maio, quando foi acusado de pedir R$ 2 milhões ao
empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, em troca de favores, o senador
Aécio Neves (PSDB-MG) reassumiu o cargo ontem (10/11). Na sequência, o senador
indicou o vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, para assumir interinamente
a presidência da legenda.
O
fato ocorre um dia após o presidente interino da legenda, senador Tasso
Jereissati (CE), anunciar oficialmente a candidatura dele à presidência do
partido. O PSDB é a terceira maior bancada do Senado, com 11 senadores, e a
terceira maior da Câmara, com 46 deputados.
Em
um comunicado enviado a Jereissati, Aécio afirma que retoma o posto para
“garantir a desejável isonomia entre os postulantes” na disputa pela
presidência do PSDB. No documento, o senador mineiro informou ainda que
Goldman, o mais antigo vice-presidente tucano irá conduzir o processo
eleitoral, marcado para o dia 9 de dezembro, quando ocorrerá a convenção
nacional do partido.
Ainda
no comunicado, Aécio faz um agradecimento a Jereissati por ter aceitado assumir
o partido interinamente. “Aproveito a oportunidade para agradecer-lhe por ter
aceito minha indicação e assumido a presidência interina do PSDB nos últimos
meses”, Por diversas vezes no período a frente dos tucanos, Tasso Jereissati
cobrou publicamente que Aécio renunciasse o comando do partido, o que não
ocorreu.
Além
de Jeressati, também está na disputa pela presidência do PSDB o governador de
Goiás, Marconi Perillo.
Pouco
depois de informado do afastamento, Tasso Jereissati criticou Aécio e o acusou
de colocar questões pessoais acima do partido. Segundo Jereissati, Aécio o
procurou para pedir que deixasse a presidência interina. Em resposta, o senador
cearense disse para que Aécio o destituísse para que ficasse clara a diferença
entre os dois.
“Temos
hoje diferenças profundas, muito profundas e acho justo que ele, tendo essas
diferenças profundas, não me queira como candidato”, disse Jeressati a
jornalistas. Já Marconi Perillo, que tem
o apoio de Aécio na disputa à presidência do partido, divulgou nota elogiando a
decisão tomada por Aécio.
“Seria
antiético e nem um pouco isonômico o processo se essa decisão não fosse
adotada, já que a máquina partidária poderia pender para o lado de quem
estivesse no comando do partido. O ex-governador Alberto Goldman é um líder com
história e biografia respeitáveis no partido e na vida pública, e, portanto
merecedor de todo o nosso respeito”, disse Perillo em nota.
Com
informações portal Agência Brasil
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