Tasso e Aécio: o cearense pediu que o mineiro renuncie à presidência (Foto: Marcelo Camargo) |
O
senador Aécio Neves (PSDB-MG) deve decidir até a próxima semana se renunciará à
presidência nacional do partido, da qual está afastado desde maio deste ano. A
definição aconteceu em reunião da bancada tucana do Senado na noite de ontem (18/10),
após dia de pressões sobre o mineiro, e foi anunciada pelo presidente interino
da sigla, senador Tasso Jereissati.
“Definimos
que a decisão final sobre qualquer medida que venha a ser tomada para ficará a
critério do senador Aécio Neves, que vai fazer uma avaliação política e pessoal
sobre todas essas questões que foram colocadas por todos os senadores”, afirmou
o cearense. Segundo Tasso, não foi acertada data, mas “com certeza (será) na
semana que vem”.
O
tucano defendeu a renúncia de Aécio na manhã de ontem, justificando que o
mineiro “não tem condições, dentro das circunstâncias que está”, de ficar no
cargo. A declaração gerou mais uma crise interna na sigla. “Não trato de
questões partidárias pela imprensa”, rebateu Aécio.
Mais
tarde, no mesmo dia, Tasso minimizaria a declaração, afirmando que “todos” os
tucanos deram opinião sobre o caso. “Não podemos ficar mais em situações
provisórias, até mesmo a curto prazo. Ele (Aécio) tem plena consciência da
crise que nós vivemos, da crise que o próprio partido vive, tem consciência dos
deveres dele com o País e o partido”, disse.
A
resposta de Aécio foi seguida por tucanos de ala mais ligada ao mineiro, como o
deputado federal Geraldo Resende (MS), que, em entrevista ao O POVO, afirmou
que prefere “aguardar e discutir internamente” a questão. “Acho que nós
haveremos de discutir em uma reunião com todos do partido e ver qual é o melhor
caminho para construir uma unidade”, disse.
O
deputado federal Marcus Pestana, também em declaração à reportagem, classificou
a fala de Tasso como “inútil”. “O PSDB está precisando de bandeiras e não de
incendiários para garantir sua unidade e cumprir o seu papel em 2018”, criticou.
Pestana disse ainda que Tasso “perdeu as condições de unificar o partido porque
resolveu ser líder de apenas uma tendência”.
Ligado
à ala mais “tassista”, o deputado federal Daniel Coelho (PE) afirmou que
opinião de Tasso é da “maioria” da legenda, “em solidariedade ao Aécio, para
que ele se defenda e também para que o partido não fique preso a essa questão
do Aécio”.
Vice-presidente
do Senado, Cássio Cunha Lima (PB) também garantiu ser uma posição majoritária
dentro do PSDB. “É um ato unilateral, mas existe um sentimento no partido de
que ele deve formalizar a saída. Isso é inegável”, declarou.
Com
informações portal O Povo Online
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