Ciro Gomes no início de sua carreira política com Tasso Jereissati (Foto: Acervo do Instituto Queiroz Jereissati) |
Afinal, o senador cearense é um nome de peso dentro da
estrutura de poder montada atualmente, além de mobilizar paixões, seja pelo
lado positivo, seja pelo negativo. A ponto de o presidenciável Ciro Gomes (PDT)
subir o tom das críticas a seu antigo padrinho eleitoral, com o qual tentava
manter relação amistosa. Ao afirmar que uma quarta tentativa de Tasso de chegar
ao Palácio da Abolição seria uma “traição” contra o atual governador, Ciro faz
movimento perigoso.
Primeiro
porque entrega a seus adversários munição de contra-ataque, tendo em vista o
histórico de rompimentos protagonizados pelos Ferreira Gomes. Segundo porque
cria um forte clima de instabilidade dentro da gestão Camilo Santana. Maia
Júnior, filiado ao PSDB há mais de duas décadas, chegou à Secretaria do
Planejamento após cirúrgica negociação do petista, numa estratégia que visava
tanto melhorar a qualidade das ações do Executivo como neutralizar um pedaço
importante da oposição.
No
campo político, Camilo já tinha uma dor de cabeça das grandes a enfrentar com o
surgimento do fator Tasso. No administrativo, tem agora um espinhoso abacaxi
para resolver, colocado em seu colo por Ciro Gomes, cujo descontrole verbal
mais atrapalha do que ajuda.
Publicado
originalmente no portal O Povo Online
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