O
presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), afirmou ao jornal O POVO que
“votará em Lula” para a Presidência da República em 2018. “Se não houver um
entendimento nacional, se não houver uma aliança local que me obrigue
diferente, eu sou eleitor do Lula”, disse ontem (19/10) após abertura do
Seminário Empreender, no Centro de Negócios do Sebrae.
Como
o peemedebista avalia que a sua legenda não vai lançar candidato próprio à
Presidência, Eunício defende a liberação de alianças nos estados. “O PMDB é um
partido livre”, diz. “Se tiver liberado, se (o voto) for livre, obviamente
votarei no presidente Lula”, repetiu o senador.
Se
a hipótese se confirmar, as eleições do próximo ano reviverão 2010, quando Lula
pediu votos para Cid ao Governo do Estado e para Eunício no Senado.
Camilo,
que já declarou voto em Ciro para 2018, tem negado que as conversas com o
senador sejam motivadas eleitoralmente. De acordo com ele, os frequentes
encontros com Eunício têm acontecido para destravar recursos para o Estado.
Nem
Cid nem Eunício, no entanto, afastam a possibilidade de aliança. O próprio
presidente estadual do PT, De Assis Diniz, já chegou a afirmar em outras
oportunidades que, se o peemedebista se submeter ao programa da sigla, isso
poderia ser discutido.
Para
o petista, a fala do senador “reflete o bom senso de qualquer político” do
Estado. “O Lula detém no Ceará, segundo pesquisas internas, 72% das intenções
de voto. Qualquer político de bom senso vai olhar esse patrimônio do Lula”,
analisa. O dirigente defende também que “quem quer ser eleito não pode estar
negando receber apoio para a sua eleição”, referindo-se a Lula.
Se
a declaração vai levar de fato a uma aliança com o governador, porém, ele
pondera que não pode dizer. “Mas se ele (Eunício) assumir compromisso, por que
não?”, questiona. Na tarde de hoje, em São Paulo, De Assis vai se reunir com
Lula, quando deve tocar no assunto.
Ainda
sem nome certo para lançar ao Governo, a oposição no Estado apostava em Eunício
até o meio deste ano. Quando as tratativas com Camilo ficaram mais fortes, o
senador Tasso Jereissati (PSDB) admitiu possibilidade de candidatura. A ideia
do tucano, porém, era estar ao lado do PMDB, possibilidade que se distancia
agora com declaração do peemedebista.
O
rompimento oficial entre o PMDB e o PT só aconteceu em março de 2016, deixando
espaço livre para que o senador votasse a favor do impeachment da ex-presidente
Dilma Rousseff. A partir daí, passou a ser chamado, ao lado do presidente
Michel Temer (PMDB), de quem é bastante próximo, de “golpista” por partidos da
oposição.
Rompimento
entre Eunício e os Ferreira Gomes, atualmente no PDT, aconteceu em 2010. Desde
então, eles já trocaram diversas farsas públicas. O ex-ministro Ciro Gomes é
quem tece mais críticas ao peemedebista, já tendo o chamado de “aventureiro,
lambanceiro e mentiroso”. Em evento regional da legenda este ano, Eunício
chegou a dizer que “perdoou” a todos que o traíram, fazendo referência aos irmãos.
Com
informações portal O Povo Online
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