Há
ciência na manifestação política do presidente do Senado, Eunício Oliveira, dizendo-se
eleitor de Lula em 2018, caso o petista dispute a Presidência da República?
Sim, muito possivelmente.
Fazendo-o,
agora, o peemedebista reserva um espaço para seu discurso no próximo ano, seja
candidato à reeleição, repetindo 2010, ou ao governo, como em 2014, para
sensibilizar aquele eleitor que, sem ser do PT, mostra-se simpático à volta de
Lula, que mantém no Nordeste sua maior força eleitoral, cenário em que o Ceará
costuma aparecer com especial destaque.
Claro
que também se deve inserir a iniciativa no bojo das ações de aparente
reaproximação entre Eunício e o governador Camilo Santana, ou seja, também pode
ser parte daquelas conversas que colocariam os dois no mesmo palanque em 2018.
O
nó, nesta situação, é que Camilo, embora do PT, permanece pouco claro nas suas
manifestações acerca do cenário nacional e, muitas vezes, parece mais simpático
ao conterrâneo Ciro Ferreira Gomes, do PDT, do que ao seu correligionário
quando fala de disputa presidencial. Aliás, ponto de tensão contida entre ele e
segmentos petistas locais.
Certo,
de tudo, é que a política continua sendo um jogo de xadrez, no qual as jogadas
inteligentes nem sempre conseguem ser percebidas como tal de maneira imediata.
O
momento pede alguma paciência para entender o sentido de cada ação,
especialmente aquelas que à primeira vista fogem da lógica dos partidos.
Publicado originalmente no portal O Povo
Online
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