Presidente Michel Temer acompanhou desfiles ao lado da primeira-dama e autoridades (Foto: Marcos Correia) |
O
desfile do 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios ontem em Brasília foi
marcado pelo baixo público, poucas falas oficiais e um esquema de blindagem das
autoridades. Além de proibir faixas de protestos e bandeiras de grandes
mastros, os organizadores impediram vaias diretas ou possíveis registros de
cartazes de manifestantes com a imagem de Temer, distanciando a tribuna de
honra das arquibancadas populares.
Em
frente ao palanque, onde o presidente assistiu à festa com a mulher Marcela e o
filho Michelzinho, de 8 anos, foi montado um tablado só para seguranças e
agentes das Forças Armadas. As arquibancadas à esquerda e à direita da tribuna
foram ocupadas por pessoas selecionadas pelo Planalto, devidamente
credenciadas.
Temer
e a família chegaram ao pátio do Ministério da Defesa, atrás da tribuna de
honra, em carro fechado - como no ano passado, o Rolls-Royce da Presidência não
foi usado. O público não vaiou nem aplaudiu quando o locutor do evento anunciou
a chegada do presidente. Temer passou boa parte do tempo em conversas com o
presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). O presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), ficou do outro lado, perto da primeira-dama.
Pelos
cálculos da Polícia Militar, 20 mil pessoas assistiram ao desfile. O Ministério
da Defesa esperava um público de 40 mil. No ano passado, 25 mil estiveram na
Esplanada. Na manhã de ontem, o público enfrentou o calor e a baixa umidade do
período de seca de Brasília durante a passagem de estudantes e militares pela
pista do Eixo Monumental.
Os
dois momentos mais aplaudidos do evento foi a passagem de agentes da Polícia
Federal e as acrobacias de aviadores da Esquadrilha da Fumaça logo após o
desfile.
Ministros
falaram pouco com a imprensa. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que
só falaria sobre 7 de Setembro. “Não falo de política, só falo de Estado”,
afirmou.
Com
informações portal O Povo Online
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