Tocadas
paralelamente no Congresso, articulações em torno da denúncia contra Michel
Temer e do afastamento de Aécio Neves (PMDB-MG) já viraram uma só aos olhos do
governo. Um dos principais articuladores do presidente, o senador tucano tem
hoje sua “sobrevivência” como prioridade para Temer, que enfrentará cenário
pessimista na Câmara dos Deputados.
Na
noite de ontem (27/09), a Mesa do Senado foi notificada de decisão da 1ª Turma do
Supremo Tribunal Federal (STF) que afastou Aécio do cargo. Cresce, no entanto,
entendimento proposto pelo PSDB de que a questão deverá ser decidida pela Casa.
Presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) já sinalizou que levará
questão ao plenário.
“Se a Constituição foi ferida por uma decisão
e cabe ao Senado tomar uma decisão baseado na Constituição, obviamente o Senado
vai tomar as suas providências”, disse Eunício. A tese, no entanto, não é
defendida só por governistas: Em nota lançada ontem, o PT afirmou que votará
contra a decisão e disse que Aécio “defronta-se com o monstro que ajudou a
criar”.
“O
Senado Federal precisa repelir essa violação de sua autonomia, sob pena de
fragilizar ainda mais as instituições”, disse o partido, em mesma tese que
defendeu na época da prisão do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido). Na
época, no entanto, petistas e tucanos ficaram em polos opostos, com o PSDB
defendendo a aplicação imediata da prisão de Delcídio.
No
cerne do apoio do governo a Aécio, está denúncia contra Temer em tramitação na
Câmara. Na tarde de ontem, o presidente foi notificado formalmente da ação,
atualmente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Ontem,
o presidente do grupo, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), decidiu manter a tramitação
conjunta da acusação contra Temer, que inclui os ministros Eliseu Padilha (Casa
Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).
Contrariando
oposição e partidos do Centrão, Pacheco alegou que seria inusitado separar os
acusados e manter a denúncia sob relatores diferentes. “É recomendável que a
apreciação seja feita em conjunto por um único relator para que haja visão
unitária”.
A
oposição recorrerá da decisão. “Não faz sentido obrigar que parlamentares
tenham uma posição única sobre todos os casos”, justificou o deputado
Alessandro Molon (Rede-RJ). O deputado conta com o apoio do Centrão.
A
expectativa é que Pacheco anuncie hoje relator do caso. Segundo a reportagem
apurou, Pacheco tinha como opções Evandro Gussi (PV-SP), Marcos Rogério
(DEM-RO), Bonifácio Andrada (PSDB-MG) e Danilo Forte (PSB-CE).
Com
informações portal O Povo Online
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