Mauro Filho em palestra sobre a implantação do Módulo Fiscal Eletrônico (MFE) no Ipece (Foto: Mauri Melo) |
A
partir de janeiro de 2018, todas as transações realizadas em cartões, seja de
crédito ou débito, serão checadas pela Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará
(Sefaz). Quem garante é o secretário da Fazenda, Mauro Filho, durante palestra
realizada no Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), na
manhã da última sexta-feira (15/09). De acordo com ele, a iniciativa é pioneira no mundo e serve
para evitar fraudes nas compras com cartão.
Para
realizar a fiscalização, a Sefaz implantou, desde abril deste ano, o uso do
Módulo Fiscal Eletrônico (MFE). O equipamento, que está substituindo aos poucos
a Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Mauro ressalta que, para além da
fiscalização mais incisiva da Fazenda, o custo do produto para as empresas será
mais baixo, pois o aparelho custa na faixa dos R$ 1.700 e comporta até oito
conexões simultâneas. Ao final de cada dia, Mauro explica que a Sefaz terá
conhecimento de todas as transações com cartão realizadas dentro do Ceará, que
tenham passado pelo MFE.
“Foram
três anos e oito meses para produzir isso. O MFE já está funcionando, com duas
mil empresas trabalhando com ele. O processo de implantação não é imediato. Se
uma empresa expande, ela já avança com o módulo. Se o ECF quebra, ela substitui
pelo módulo. Então vai demorar de dois a três anos para todos estarem o
utilizando”, avalia Mauro. Ele também garante que a Sefaz não pode interferir
em compra alguma com o MFE, se restringindo a apenas registrar as transações.
Entre
outras características de segurança, o dispositivo possui um GPS integrado,
para evitar mobilidade inesperadas. Caso haja queda de energia, o MFE também
consegue armazenar os dados por até oito horas.
Em
sua terceira edição, o fórum Ceará em Debate Ipece-Seplag abordou o tema “A
crise do federalismo fiscal brasileiro e seu reflexo no Ceará”. Na ocasião,
Mauro abordou desde a implantação da Constituição de 1988, até dados recentes
acerca da concentração do PIB nacional. Ele criticou, entre outros pontos, o
fato do Nordeste contar com 25% da população brasileira, mas ter participação
de apenas 13% no PIB.
Sobre
o período de crise, Mauro ressaltou os cuidados que o Ceará teve ao perceber
que um período difícil se aproximava. “Em 2015, fizemos aquele corte de R$ 400
milhões no âmbito do custeio. Isso foi uma primeira tentativa de adequação
(para a situação de crise). Os outros estados brasileiros não fizeram a mesma
coisa. Continuaram fazendo seu crescimento, mesmo com a receita caindo. Os estados
mais ricos, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, não vieram se preparando
ao longo do tempo, inclusive enganando relatórios de gestão fiscal”, explicou.
Com
informações portal O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.