8 de setembro de 2017

Cobranças, promessas e críticas marcam o 7 de setembro em Altaneira


As comemorações do “Dia da Independência” em Altaneira foram marcadas apenas pelos hasteamentos das bandeiras nas sedes dos poderes Executivo e Legislativo e execução dos hinos Nacional e do Município.

Segundo informações do portal oficial do Governo Municipal cerca de 200 pessoas entre estudantes, professores, servidores, secretários municipais e lideranças políticas participaram do evento na manhã de ontem (07/09). 

O único a falar no Paço Municipal, o prefeito Dariomar Rodrigues, fez um discurso enfático acerca do resgate dos desfiles cívico que considera muito importante, mas deve ser feito com muita responsabilidade. “É necessário que os alunos saibam o porquê do desfile, o porquê da independência”, disse.

Uma caminhada até a câmara encerrou o ato. Lá o presidente Antonio Leite lembrou que altaneira é era tida como uma das cidades mais organizadas no quesito desfile cívico na década de 70 do século passado e pediu para que essa tradição retorne.

O prefeito e o presidente da Câmara Municipal gravaram um vídeo onde ressaltaram a luta de figuras políticas como Né de Almeida, Francisco Fenelon, João Ivan e Quido para a autonomia política de Altaneira. O vídeo foi compartilhado na página oficial do Município na rede social Facebook, mas o que mais despertou a atenção dos navegantes foi uma postagem sobre o desfile de 7 de setembro de 1971 em Altaneira.

O vereador Professor Adeilton foi o primeiro a comentar a postagem criticando a ausência da Banda de Música e sugerindo o resgate dos desfiles. “Acredito que limitarmos a apenas o hasteamento de bandeiras não é interessante, acho que podemos resgatar os desfiles, provocar um amor ainda maior pela nossa pátria, resgatar os belíssimos momentos que já fora possível realizar em épocas tão adversas e de dificuldades ainda piores” comentou o parlamentar.

Já Francisco Chagas comentou que as crianças conhecem a realidade do Brasil, não é como naquele tempo e os brasileiros se envergonham de cantar o Hino Nacional “por causa dos homens que deviam dar exemplo de honestidade que são os governantes, são os que mais envergonham a Nação”.

A professora Corrinha Lino disse ser sem sentido qualquer manifesto de comemoração e Walentina Nogueira escreveu que ao ler os comentários teve a impressão de viver em outro País e indagou “Altaneira deve mesmo ser um País independente?”

A altaneirense Walentina Nogueira é professora da rede municipal em São Paulo, disse ainda que por décadas acreditou nas comemorações cívicas. “hoje seria hipocrisia realizar essas comemorações em sinal de respeito a uma pátria alheia, vendida e corrompida... mas, se Altaneira não está inserida no cenário político brasileiro! Poderíamos então pensar diferente”, criticou.

Apesar das críticas a secretária municipal Leocádia Rodrigues lembrou que o desfile de homenagens e alegorias está desde anos atrás no calendário cultural do município no dia 18 dezembro e disse mais: “se couber no orçamento, a comunidade e câmara municipal sem hipocrisia acreditar que é mesmo essencial desfiles, tendo em vistas como é difícil encontrar fundos para o essencial, faremos o desfile cívico em 7 de setembro e em 18 de dezembro, estamos aqui para isso é sempre um prazer vê nossas crianças desfilando”, prometeu.

Maria Auxiliadora Souza Barros resumiu todo o debate na seguinte frase: “Apesar dos pesares é lindo e o povo gosta”.

O debate foi extenso e pedagógico, mas poucos perceberam que no Paço Municipal as bandeiras foram hasteadas de forma errada.

Confira a seguir as imagens de João Alves do 7 de setembro em Altaneira:







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