Retomada
da aliança do grupo dos Ferreira Gomes com o presidente do Senado Eunício
Oliveira (PMDB) é “muito improvável”, segundo o ex-ministro Ciro Gomes (PDT).
“Nós nos distanciamos de forma muito agressiva e acho que um movimento desses
seria estranhamente visto pelo povo. Não acho bom para ele nem bom para nós”,
afirma.
Ciro,
no entanto, não descarta completamente a reaproximação com o ex-aliado e diz
que “a última palavra” será, “naturalmente”, do governador Camilo Santana (PT),
que é o candidato do grupo.
“Entendo
que o governador Camilo esteja procurando o senador Eunício, porque todos os
recursos do Ceará, recursos da saúde, seca, segurança pública, estão em
Brasília, e ele é o presidente do Congresso Nacional, e muita gente está
atribuindo a ele a obstrução desses recursos”, alfineta.
Embora
seja, entre os Ferreira Gomes, o maior crítico do peemedebista, tendo-o chamado
em outras oportunidades de “mentiroso”, “aventureiro” e “lambanceiro”, Ciro
evitou maldizer Eunício, usando tom mais brando ao negar reaproximação. “Esse
foi o apelo que o Camilo foi fazer a ele e, naturalmente, se ele consegue fazer
isso, o Camilo vai agradecer publicamente, haverá o reconhecimento e isso vai
diminuindo a distância, que é muito grande hoje”.
As
declarações foram dadas em fórum organizado pelo Instituto de Pesquisa e
estratégia econômica do Ceará (Ipece) ontem (29/09), duas semanas após seu
irmão, o ex-governador Cid Gomes (PDT), admitir possibilidade de acordo com
Eunício para 2018 se isso for “o melhor para a reeleição” de Camilo.
Questionado se, pessoalmente, apoiaria Eunício, o ex-ministro não quis
responder.
Durante
sua palestra no evento, Ciro chegou a mencionar caso das malas com R$ 51
milhões encontradas em apartamento em Salvador, atribuídas ao ex-ministro
Geddel Vieira Lima, afirmando que ele também fez parte dos governos petistas de
Lula e Dilma Rousseff (PT).
“(Dizem)
‘ah, foi no passado, tem que negociar’… Eu também acho, sou um velho
experimentado político, acho que negociação é necessária, mas depois de tudo o
que aconteceu não aprender nada? Chegar em uma caravana e se abraçar em um
palanque com o (ex-presidente do Senado) Renan Calheiros (PMDB)?”, critica.
Questionado
sobre os índices da última pesquisa CNT/MDA para a Presidência da República, o
pré-candidato ao cargo não quis responder.
Com
informações portal O Povo Online
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