Presidente
do TCE, conselheiro Edilberto Pontes (Foto: Fábio Lima)
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O
Tribunal de Contas do Estado (TCE) tem adotado postura mais cuidadosa desde que
a extinção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) foi publicada no Diário
Oficial, na última segunda-feira (21/08). O jornal O POVO apurou que o órgão não quer
apressar a transição e correr o risco de ter os trabalhos suspensos por nova
liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em
sessão do pleno do TCE ontem (21/08), o fim do TCM rendeu apenas breves comentários
sobre a publicação da emenda. Quando o tribunal foi extinto pela primeira vez,
em dezembro do ano passado, os processos dos conselheiros foram redistribuídos
ao TCE menos de uma semana depois, em sessão no auditório do próprio TCM.
Na
ocasião, os dizeres “dos municípios” chegaram a ser retirados da parede. No dia
seguinte, porém, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, expediu a liminar. “Acho
que a cautela está sendo uma palavra que está se tendo agora, mas da primeira
vez houve um tempo hábil entre a publicação e a sessão. Dessa vez foi só um
dia. E também já há um conhecimento de como são os processos, não é preciso ter
pressa”, afirmou a conselheira Soraia Victor .
O
presidente do TCE, conselheiro Edilberto Pontes, não conversou com a
reportagem. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, ainda é “cedo”
para tratar sobre a transição. Foi informado, porém, que o presidente do TCE
pediu para que todos os trabalhos dos servidores do antigo TCM fossem mantidos
durante este período, para não afetar as fiscalizações. O tribunal tem 90 dias
para concluir a transição.
O
conselheiro Domingos Filho, presidente do extinto TCM, passou o dia de ontem
reunindo documentos para concluir a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)
contra a emenda. Filho vai recorrer novamente no STF e tem esperanças de que
vai conseguir derrubar a emenda e suspender os efeitos por meio de uma nova
liminar.
A
primeira ADI perdeu a validade porque nova emenda suspendeu a aprovada em
dezembro. Ontem, porém, o ministro Celso de Mello, relator, julgou essa ação
prejudicada, contestando argumento de que a Assembleia não poderia votar pela
extinção do Tribunal. Posição pode influenciar na decisão sobre a nova ADI,
dificultando o retorno do órgão.
Com
informações portal O Povo Online
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