O
programa nacional do PSDB, veiculado na última quinta-feira (17/08), causou uma
verdadeira implosão entre os filiados da sigla que ameaça a permanência do
senador Tasso Jereissati (PSDB) na presidência interina do partido. O
vídeo de 10 minutos que aponta acertos e erros do PSDB, como aceitar “como
natural o fisiologismo, que é a troca de favores individuais e vantagens
pessoais em detrimento da verdadeira necessidade do cidadão brasileiro”, dividiu
ainda mais a legenda que já vinha rachada nos últimos meses.
A
insatisfação com a mensagem do programa teve como consequência um movimento
interno que começou a discutir substitutos do cearense. A principal crítica é o
“autoritarismo” do senador que, segundo parlamentares, não compartilhou a
concepção do vídeo com a base do partido.
“Se
o PT tivesse feito um programa para o PSDB, não teria sido tão ruim como esse
está. Esse programa é contra a gente, que divide o partido”, disse o deputado
Guilherme Coelho (PSDB-PE). Ele defende que a direção seja renovada em meio à
crise interna.
Entre
os possíveis substitutos estão os nomes do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN),
o governador de Goiás, Marconi Perillo, e o do próprio senador Aécio Neves
(PSDB-MG), afastado do posto desde maio quando foi atingido pela delação da
JBS.
O
argumento da maior parte dos filiados é que o senador Tasso não “une” mais o
PSDB. “Mesmo sendo presidente precisava fazer uma análise se o programa
retratava fielmente o que pensa o conjunto do partido porque me parece que a
maioria não pensa como o senador pensa”, disse o deputado Geraldo Resende
(PSDB-MS).
Questionado
pelo jornal O POVO, o senador se disse responsável pelo vídeo e defendeu o que foi ao
ar. “Eu não me arrependo de nada, tenho responsabilidade total pelo programa”,
disse. Ele afirmou ainda que, enquanto for presidente, dará as orientações.
Embora
a maioria esteja pressionando que o cearense deixe o posto, uma parte
minoritária chegou a elogiar o programa e concordar com o conteúdo veiculado.
“O programa transmitiu a vontade do PSDB em transformar o Brasil”, disse ao jornal O
POVO o deputado Miguel Haddad (PSDB-SP).
No
senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES) saiu em defesa de Tasso e disse que ele
continua tendo “respaldo total” dentro do partido. “Tasso não está sozinho
nesse projeto que ele lidera”, frisou. Para Ferraço, o programa “dialoga com os
dados da vida real”.
Sobre
o possível retorno de Aécio ao comando do partido, o senador disse que “a
decisão é unilateral”, mas acha que seria um “equívoco”. “O projeto do Tasso
está correto e coerente com os princípios e valores do partido”, avaliou
Ferraço.
O
PSDB definiu ontem que as datas para as convenções nacional, estaduais e
municipais. De acordo com o site do partido, o principal evento deve ser
realizado em 9 de dezembro.
Já
as convenções estaduais serão feitas em 11 de novembro e as municipais, entre
1º e 15 de outubro.
O
partido vai organizar também uma reunião com os presidentes de diretórios
estaduais em dia 24 de agosto, na sede da Executiva do partido, em Brasília,
para tratar das convenções e também da conjuntura política nacional.
Com
informações portal O Povo Online
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