Se
o governador Camilo Santana (PT) ainda evita antecipar debate eleitoral de
2018, oposição tomou as rédeas e já faz primeiros movimentos de olho na disputa
no Ceará. Em conversas com alia-dos, o senador Eunício Oliveira (PMDB) já
confirma que concorrerá novamente ao governo, admitindo sair do páreo apenas no
caso de candidatura de Tasso Jereissati (PSDB).
A
afirmação, ainda restrita aos bastidores, é novo sinal de movimento que tenta
alçar Tasso – político visto hoje como o de maior potencial eleitoral entre
opositores – a candidato. Como o tucano evita falar sobre o tema e prega
renovação política no Estado, ele acabou se tornando foco de “disputa” entre
pré-candidatos da oposição em busca de apoio.
Um
deles é Capitão Wagner (PR), que tenta se aproximar de siglas como o PSDB e PSD
para viabilizar sua candidatura. Ontem, o deputado se reuniu com o governador
de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em evento com claros ares eleitorais. O
tucano é pré-candidato a presidente da República. “O PSDB é um partido aliado,
claro que vamos procurar para discutir projetos para o Estado”, disse Wagner ao jornal O POVO.
Rejeitando
hipótese de deixar o PR, Wagner cobra apenas que a oposição antecipe para este
ano o debate eleitoral de 2018. “Temos menos de um ano até a campanha. Não dá
para deixar para escolher e trabalhar um candidato a 45 dias da eleição. Então
tenho defendido que os partidos se sentem e comecem a discutir logo a chapa e
programa que serão apresentados”.
A
cobrança parece ter como alvo o próprio Eunício, que ainda segue tática de
Camilo de “esconder o jogo”. “Eleição é só ano que vem. Esse ano o foco é
trabalhar como presidente do Senado”, diz. Apesar da fala, ele destaca ter sido
o “candidato mais votado no Ceará” em 2010 e enumera diversos projetos que tem
articulado para o Estado como presidente do Senado.
Se
Wagner busca o PSDB, o peemedebista tem costurado apoio sobretudo com o
deputado federal Genecias Noronha (SD) e o presidente do TCM, Domingos Filho,
que exerce influência sobre o PSD e o PMB no Ceará.
Desde
aprovação de PEC extinguindo o TCM pela Assembleia cearense, Eunício tem
“emprestado” sua base na Casa Legislativa para defesa da Corte. Além disso, ele
tem ajudado Domingos nas articulações junto à Justiça para reverter a decisão.
É
de autoria do senador ainda PEC já aprovada em 1º turno no Senado que proíbe a
extinção de Tribunais de Contas nos Estados. Toda a ajuda, por óbvio, terá sua
fatura cobrada na disputa pelo governo em 2018.
Com
informações O Povo Online
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