Senadores
tucanos Tasso Jereissati e Aécio Neves em um dos encontros de cúpula do PSDB (Foto:
Wilton Junior)
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Presidentes
interino e licenciado do PSDB, os senadores Tasso Jereissati e Aécio Neves
estão em pé de guerra pelo comando da sigla. De um lado, o cearense busca
renovar a imagem da legenda, mesmo que contrarie caciques. De outro, o mineiro
quer manter aproximação com o governo de Michel Temer. Embora Aécio não tenha
se manifestado oficialmente, seus interlocutores já pedem a saída de Tasso da
presidência tucana.
“Não
precisa pressionar pela minha saída. Esse é um gesto unilateral do Aécio. Se
ele quiser reassumir o comando do partido, é um direito dele. Agora, da minha
parte, não vou arredar o pé”, disse Tasso.
Os
ministros tucanos estariam no grupo dos que preferem uma eventual saída de
Tasso. Mas a ala dos “cabeças pretas”, formada por mais jovens, querem que ele
permaneça no mandato tampão até dezembro, quando será realizada a convenção
nacional.
Aliado
do senador Aécio Neves (MG), o deputado Marcus Pestana (MG) defendeu ontem a
saída de Tasso da presidência interina do PSDB. Pestana afirmou que, se o
parlamentar permanecer no posto, o partido sairá esfacelado do governo.
“Infelizmente
caminhamos para um impasse. Tasso agiu por seis vezes em curto espaço de tempo
contra a posição majoritária. Agora ou ele se afasta e prevalece a visão da
maioria, ou ele fica e o partido sai esfacelado do governo”, afirmou o deputado
mineiro.
A
declaração de Pestana é uma reação ao programa partidário do PSDB veiculado na
quinta-feira passada, 17, em cadeia nacional de rádio e TV, no qual o partido
critica o governo do presidente Michel Temer. Na propaganda, a legenda faz uma
“autocrítica” por ter “aceitado o fisiologismo”.
O
programa provocou forte reação da ala do PSDB que defende a permanência no governo.
Na sexta-feira passada, 18, vários tucanos já defendiam a saída de Tasso da
presidência interina, só que apenas nos bastidores.
Tucanos
da ala governista querem que Aécio reassuma a presidência do PSDB
temporariamente e escolha outro vice-presidente para comandar o partido até
dezembro, quando haverá nova eleição da executiva.
No
entanto, no final de semana, o diretório municipal de São Paulo enviou nota
dura contra Aécio, defendendo o afastamento do senador e a permanência de
Tasso. “Prove sua inocência, senador, e aí sim retorne ao partido”, registrava
a nota.
Nos
bastidores, uma ala do tucanato aposta no senador Flexa Ribeiro (PA) ou no
deputado Giuseppe Vecci (GO) como substitutos de Tasso. As apostas em Flexa e
Vecci se dão por exclusão entre os oito vice-presidentes da sigla.
Além
deles e de Tasso, são vice-presidentes os deputados Carlos Sampaio (SP) e
Mariana Carvalho (RO), o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman e os
ministros Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Bruno Araújo (Cidades).
Os
ministros, por ocuparem os cargos no governo, não poderiam assumir a
presidência do partido. Já Sampaio, Marina e Goldman fizeram declarações
públicas a favor do desembarque do PSDB do governo Temer.
Os
dois primeiros, inclusive, votaram pela aceitação da denúncia contra Temer na
Câmara, no início de agosto.
Com
informações portal O Povo Online
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