Governador Camilo Santana e moradores de Quixadá acompanham discurso do ex-presidente Lula (Foto: Fábio Lima)
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Em
dia de giro pelo Ceará, o ex-presidente Lula lembrou antigo discurso do PT e
subiu o tom ontem (29/08) contra pacote de privatizações proposto pelo governo Michel
Temer (PMDB). Em discurso em Quixadá, o petista defendeu investimento em
empresas nacionais e acusou o atual governo de querer, com as medidas,
“destruir o País”.
“Eu
sei que eles estão destruindo o Brasil. Estão vendendo a Petrobras, querem
acabar com o Banco do Brasil, com a Caixa, estão vendendo a Eletrobras (...) é
aquele tipo de gente vagabunda que, ao invés de trabalhar, fica vendendo as
coisas de casa para pagar despesas”, disse Lula, encerrando dia de viagens que
passou ainda por Quixeré, Morada Nova e Ibicuitinga.
Ainda
no discurso “antiprivatista”, o ex-presidente deverá visitar, na manhã de hoje,
polo petroquímico próximo a Quixadá que foi desativado ano passado pelo governo
Temer. Em palanque ao lado do governador Camilo Santana (PT) e de uma série de
lideranças petistas, Lula ainda acusou o governo Temer de não possuir recursos
para investimentos pois teria “gastado tudo para comprar voto”. “Comprar sim,
para se livrar de cassação, de investigação da Justiça”, disse.
Assim
como tem feito em recentes viagens ao Nordeste, o ex-presidente destacou
investimentos de seu governo. Segundo ele, a região passou por uma “mudança de
paradigma”. “Eu estava cansado de ler na imprensa do Nordeste só para saber de
seca, de pobreza, de desnutrição”, afirma.
“Mas
isso mudou”, diz. “Para essa grã-finagem que governa agora o Brasil, pobre não
serve para nada”, criticou, elencando ações de seu governo como a construção de
universidades públicas. Discurso de Lula em Quixadá encerrou 1º
dia de viagens do ex-presidente pelo Ceará. Na manhã de hoje (30/08), ele sairá de
ônibus em direção ao Cariri, onde realizará ato às 17h30min no Centro de
Convenções do Crato. A passagem pelo Ceará integra caravana de Lula pelos nove
estados do Nordeste, que já ocorre há duas semanas e vai percorrer quase 4 mil
quilômetros.
Nos
municípios em que passou ontem antes de Quixadá, Lula falou pouco, apenas
agradecendo apoio de populares. Com a voz comprometida, o ex-presidente afirmou
que se recuperava de uma gripe que pegou durante as viagens.
Presente
ao lado de Lula durante todo o dia, o governador Camilo Santana fez uma série
de elogios ao histórico do correligionário, mas evitou - diferentemente dos
demais petistas - falar sobre a eleição de 2018. A cautela tem motivo óbvio:
apadrinhado político do também presidenciável Ciro Gomes (PDT) no Ceará, o
governador preferiu evitar antecipar lados na disputa.
Durante
passagem pelo Ceará, Lula "colecionou" diversas homenagens e presente
de municípios e entidades do Estado, desde uma garrafa de cachaça produzida em
um assentamento do Movimento Sem-Terra a um título de cidadão honorário de
Iguatu. Durante seu discurso, ele utilizava um traje africano que recebeu de
estudantes da Unilab.
Passagem
do ex-presidente provocou forte comoção nas cidades percorridas, com direito a
pessoas exaltadas que tentavam infiltrar espaços restritos ou se atiravam
contra o cordão de isolamento dos eventos. Em vários momentos, a segurança do
presidente precisou esvaziar espaços ou atrasar as ações para pedir calma à
população.
Em
meio a esse tensionamento, vários políticos cearenses acabaram barrados no ato
de Lula em Quixadá é precisaram apelar para colegas "mais
conhecidos". Ex-presidente do PT do Estado, o deputado estadual Elmano de
Freitas foi um deles. Os vereadores de Fortaleza Guilherme Sampaio e Deodato
Ramalho também.
Com
informações portal O Povo Online
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