Pela
primeira vez em décadas, a base aliada do governo definiu chapa para as
eleições estaduais antes da oposição no Ceará. Fechando questão na busca pela
reeleição de Camilo Santana (PT) ao lado dos irmãos Cid e Ciro Gomes (PDT),
governistas acenderam “sinal amarelo” entre os opositores, que já ampliam
articulações de olho em 2018.
No
maior bloco de oposição do Estado, PMDB/PSDB/PR, conversas seguem apenas nos
bastidores. No centro do impasse, desdobramentos da crise nacional e indefinição
sobre se as siglas marcharão juntas ou terão candidaturas próprias. Se faltam
nomes definidos, sobram teses diversas sobre qual deve ser perfil do candidato
“anti-Camilo”.
“Tem
que ser alguém limpo (...) corajoso, que enfrente os vícios existentes na administração
pública, e tem que ser agregador, alguém que faça uma nova política”, diz
Capitão Wagner (PR). Segundo colocado na disputa pela Prefeitura de Fortaleza
em 2016, o deputado tenta emplacar a própria candidatura ao governo e defende a
antecipação do debate eleitoral entre siglas da oposição.
Wagner
inclusive tem ampliado sua influência para outros partidos, com possível
migração do deputado federal Cabo Sabino - outro defensor da antecipação do
debate - do PR para o Podemos. A questão, no entanto, ainda é evitada pelos
senadores Eunício Oliveira (PMDB) e Tasso Jereissati (PSDB), principais
lideranças de seus partidos no Estado. Apesar da “pressa” de Wagner, eles
aguardam desdobramentos da crise política em Brasília.
Embora
admita nos bastidores abrir mão da disputa pelo governo apenas caso Tasso seja
candidato, Eunício ainda evita o assunto de forma aberta. O senador, no
entanto, tem apostado em perfil tradicional, articulando bases partidárias e
centrando críticas a áreas como segurança e saúde.
Já
o líder tucano, alvo de pressão para entrar na disputa, nega interesse e prega
renovação política. A recusa pode levar a candidato “surpresa”, com o PSDB
articulando nome do empresário Geraldo Luciano para a vaga.
Diretor
do grupo M. Dias Branco, Luciano aposta no perfil “outsider”, semelhante ao do
prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). “Não é uma questão do Ceará, é do
País inteiro. É óbvio que uma experiência em gestão ajuda bastante. O que é
mais procurado hoje é quem consiga levar modelos de gestão adiante”, diz.
Luciano,
no entanto, nega ser filiado ou ter recebido qualquer convite formal. “Mas
seria uma honra”, diz. “A crise deixou claro: Precisamos de equipes, de boa
aplicação de recursos”, conclui.
Com
informações portal O Povo Online
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