Antes da leitura do Parecer deputados
criticaram troca de membros da CCJ (Foto: Alex
Ferreira)
|
A
ingerência do Planalto na composição da comissão não garantiu, porém, votos
suficientes a favor do presidente. Temer precisa de apoio para rejeitar o relatório
do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), que deu parecer favorável aos argumentos
de Janot. A maioria dos 66 integrantes não se manifestou ainda sobre o voto.
Até ontem (10/07), apenas 14 parlamentares dos 34 necessários declararam lealdade ao
presidente.
Líderes
partidários alvos do Planalto têm substituído integrantes da comissão, tendo em
vista a dificuldade do peemedebista de conquistar apoio. Pelo menos R$ 1,8
bilhão em emendas parlamentares foram liberados no mês passado.
A
estratégia de mudança na composição, reprovada pelo presidente da CCJ, deputado
Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), gerou confusão e bate-boca na noite de ontem, no
momento da leitura do parecer do relator.
O
deputado Delegado Waldir (PR-GO) acusou o PR de vendê-lo após a substituição.
“Soube, através da imprensa, que fui tirado (da CCJ). Me venderam. Fui vendido.
Nojento, isso. É barganha, é barganha. Sabe o que é barganha para se manter no
governo? É isso, é barganha”, rebateu, inconformado.
“Governo
corrupto, vai cair. Esse governo é bandido, é covarde”, gritou o parlamentar
goiano. A oposição manifestou solidariedade ao deputado.
Também retirado
da CCJ, o deputado Major Olímpio (SD-SP) questionou a validade das mudanças e
foi vaiado. “É uma vergonha o que estão fazendo. Criminosos”, bradou.
Com
a aproximação da votação no plenário da Câmara, o governo tem se reunido no
Palácio do Jaburu nos últimos dias para tentar reverter voto.
Da
tropa de choque do presidente, o deputado Carlos Marun (PMDB-RS) defendeu que
as mudanças rendem votos suficientes. Ele avalia como naturais as alterações na
CCJ. “Estamos escalando a seleção para essa partida”, comparou.
O
vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), acusou a oposição de
usar uma denúncia sem comprovação de fatos para fazer disputa política e partir
para o revanchismo. “A oposição quer dar o troco no impeachment da presidente
Dilma Rousseff”, afirmou.
Com
informações O Povo Online
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