Posição
do PSDB no Congresso Nacional sinaliza movimento de “desembarque” do governo de
Michel Temer (PMDB).
De
acordo com deputados tucanos ouvidos pelo jornal O POVO, “o partido está
dividido”, mas “aderência à tese de rompimento está aumentando” e o “divisor de
águas” deve ser a votação da admissão da denúncia contra o presidente da
República na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Segundo Tasso Jereissati, presidente interino do PSDB, a “posição do partido é cada vez mais clara” de “desembarque” e “oposição” ao governo. “A grande maioria já está se posicionando. Não dá para controlar, as coisas vão acontecendo”, disse o senador cearense.
Na
avaliação do deputado federal Fábio Sousa (PSDB-GO), “tem uma parte que ainda
quer apoiar o governo”, mas a parte do grupo que quer o rompimento, “que se
chama de ‘desembarque’, está aumentando”.
Ele
acredita que a votação na CCJ relativa à denúncia contra Temer, onde se projeta
votação favorável de seis dos sete deputados tucanos, deve ser o último passo
para decisão de rompimento.
“A
denúncia é muito grave. Você já vai ver posicionamentos diferentes do que a
cúpula do partido queria. O divisor de água vai ser a denúncia. Éramos minoria,
mas estamos crescendo”, avaliou o parlamentar goiano.
Que
o “PSDB está dividido”, já é “fato público”, conforme admite Daniel Coelho
(PSDB-PE). “O partido há muito tempo tem parlamentares a favor da retirada do
governo. Evidentemente, no debate atual, os que defendem a saída ganham mais
apoio. A expectativa de apoio na CCJ é nesse sentido”, revela Coelho.
Do
lado dos que ainda defendem permanência da sigla na gestão Temer, Caio Nárcio
(PSDB-MG) crê que o partido tem que exercer função política “com o propósito de
apoiar e ajudar o Brasil a sair da crise”. “E tem ajudado a fazer isso. Agora
na reforma trabalhista; com os ministros, que têm dado boa colaboração e uma
‘reformada’ na atividade do governo”, une.
Ainda
indeciso, o cearense Raimundo Gomes de Matos (PSDB) acredita que restam poucos
dias para que “se possa sinalizar uma posição”. Para ele, contudo, pelo
“aspecto econômico” e “responsabilidade do partido com o País”, seria
preferível “um processo eleitoral normal” e não mais outra troca de presidente.
Com
informações O Povo Online
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