A
Polícia Federal pediu que os benefícios garantidos ao ex-presidente da
Petrobras Transportes S.A, Sergio Machado, foram sejam cancelados.
Segundo
relatório policial, as benesses foram conseguidas por meio de delação premiada
que a PF considerou “ineficaz”. O acordo prevê prisão de três anos em regime
domiciliar em mansão no bairro Dunas.
No
relatório submetido ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF argumentou que que
o áudio entregue por Machado, no qual conversa com políticos, não apresenta
indícios suficientes para incriminar os réus José Sarney, Renan Calheiros e
Romero Jucá, gravados em conversas com Machado.
“A
colaboração (...) mostrou-se ineficaz, não apenas quanto à demonstração da
existência dos crimes ventilados, bem como quanto aos próprios meios de prova
ofertados, resumidos estes a diálogos gravados nos quais é presente o caráter
instigador do colaborador quanto às falas que ora se incriminam”, afirmou a
delegada Graziela Machado da Costa e Silva.
Caberá
ao Ministério Público, órgão que apresenta denúncias, analisar se há ou não
vantagens no material apresentado por Machado. Nas gravações feitas, o tema
predominante era a Operação Lava Jato. Segundo a PF, no entanto, “intenção” não
é obstrução da Justiça.
Em
fevereiro deste ano, ao pedir inquérito contra os peemedebistas por obstrução
da Justiça, o procurador-geral Rodrigo Janot disse que o objetivo dos três era
“construir ampla base de apoio político para conseguir, pelo menos, aprovar
medidas de alteração do ordenamento jurídico em favor da organização
criminosa”. O ministro Edson Fachin, que substituiu Teori Zavascki na relatoria
da Lava Jato no STF, autorizou a abertura de inquérito sobre o caso.
Publicado
originalmente no portal O
Povo Online
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