O
Programa de Demissão Voluntaria (PDV) de servidores públicos anunciado pelo
Governo Federal é o maior ataque já desferido contra esses trabalhadores,
prejudicando toda a sociedade, principalmente os mais pobres, que dependem mais
da qualidade e da presença dos serviços do Estado.
Quem
agora quer demitir milhares de trabalhadores é o mesmo governo que prometeu
rápida criação de empregos, evolução da economia e austeridade nas contas, mas
na realidade eleva despesas para cortejar parlamentares e tentar sobreviver, às
vésperas da decisão do Congresso sobre as denúncias contra Temer.
O
“presidente” ilegítimo, que bate recorde de rejeição popular e sofre com a
gravação de Joesley e o vídeo do “homem da mala”, agora quer que o servidor
pague a conta.
Com
Temer no poder, os trabalhadores foram agredidos com uma “reforma” que rasgou a
CLT, os investimentos públicos inclusive em saúde e educação foram congelados
por 20 anos, a terceirização foi liberada para todas as atividades e uma
reforma do Ensino Médio foi feita sem debate, via medida provisória.
Agora,
o País assiste surpreso a esse atentado contra os servidores públicos. Aqueles
mesmos que contaram com inúmeros concursos e com valorização e respeito durante
os governos Lula e Dilma agora enfrentam, pela primeira vez, um PDV. Empresas
públicas brasileiras já viveram isso e sabem que fica um rastro de traumas,
problemas sociais e até suicídios. Foi o que aconteceu com os bancos públicos
nos anos FHC. Os trabalhadores foram, na prática, obrigados a aderir ao plano,
com ameaças, pressões, assédio moral e transferências para estados distantes.
Os
cidadãos já manifestaram sua indignação contra esse inaceitável PDV. A eventual
saída desses servidores não vai resolver as contas do governo. O problema real
está na ausência de credibilidade de quem não foi eleito. Está no pagamento de
juros da dívida, nas elevadas taxas de juros, na falta de estímulo à produção e
ao desenvolvimento.
Vamos
às ruas e às redes dizer “não” ao PDV. Apresentaremos requerimento para que as
comissões de Trabalho e de Legislação Participativa, da Câmara Federal,
realizem audiência para questionar esse Programa. O momento é de união em
defesa do serviço público, do Estado, do povo brasileiro. PDV só se for pro
Temer, e já! O Brasil espera que ele, sim, peça para sair.
Publicado
originalmente no portal O
Povo Online
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