Terminais instalados em hospitais estaduais para usuários avaliarem atendimento (Foto: Evilázio Bezerra) |
O
Governo do Estado lançou nesta semana interessante iniciativa para ouvir a
população como parte da avaliação da saúde. Escutar diretamente quem busca os
serviços é a melhor forma de construir diagnóstico consistente e realista. É o
meio mais adequado para corrigir problemas e potencializar acertos.
O
caminho adotado na saúde serve para pensar no que ocorre na segurança pública.
Tratei do assunto ontem: a secretaria responsável apresentou o balanço daquilo
que fez. Mostrou o quanto foi realizado, embora os resultados não apareçam. Se
muito foi feito e o cenário piorou, talvez a estratégia não seja a melhor. O
fundamental é observar o resultado na ponta. Qual o efeito concreto da política
pública.
Isso
esteve no centro da política de segurança quando deu resultado. Sistema
rigoroso e transparente de estatísticas, com premiações para quem alcançasse os
resultados esperados. A tentação dos gestores públicos é olhar para aquilo que
fez. Para a população, interessa o impacto real.
Construir
escola e contratar professor é fundamental, mas o resultado precisa ser a
melhora na aprendizagem, redução da evasão escolar. É importante construir
hospitais e contratar profissionais, mas o objetivo é reduzir a mortalidade e a
incidência de doenças. Contratar policiais, comprar equipamentos, prender
criminosos e apreender armas é necessário. Como forma de reduzir a violência.
O
governante não pode olhar apenas para as ações sem se preocupar se está
surtindo o efeito desejado. É necessário observar se o objetivo final foi
alcançado.
Não
é raro haver descompasso entre o que se vê na propaganda dos governos e o
relato de quem precisa dos serviços públicos. A melhor publicidade para
qualquer governo é política pública que chega até as pessoas e tem efeito
direto na vida das pessoas.
Publicado originalmente no portal O Povo Online
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