Manifestantes fizeram caminhada da Praça Clóvis Beviláqua até a Praça do Ferreira, no Centro (Foto: Fábio Lima) |
Milhares
de manifestantes saíram às ruas de Fortaleza, na manhã de ontem, para protestar
contra o governo do presidente Michel Temer (PMDB) e as reformas do trabalho e
da Previdência, que a gestão pretende aprovar no Congresso Nacional. Sindicalistas,
professores, movimentos sociais e sociedade civil se mobilizaram ainda pelo
“Fora Temer” e a favor da realização de novas eleições presidenciais.
No
dia de greve geral, cerca de 50 mil pessoas, segundo a organização da
mobilização, entoaram críticas à gestão do PMDB e pediram a saída do presidente
denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva.
Placas
com a imagem de deputados federais que votaram a favor do projeto de lei que
altera a legislação trabalhista foram erguidas como forma de pressionar os
parlamentares a não aprovar as reformas do governo.
A
manifestação, que se iniciou na Praça Clóvis Beviláqua, e se encerrou na Praça do
Ferreira, no Centro da Capital, seguiu pacífica entre às 9h e 12h, período do
protesto.
De
passagem por Fortaleza, a mineira Solange Damião, de 56 anos, saiu pelas ruas
do Centro por acreditar “na política de inclusão” como indutor de
desenvolvimento social e na capacidade do povo brasileiro “se manifestar”
contra irregularidades. Para Almir Lima, de 19 anos, a juventude precisa ir às
ruas para garantir as conquistas das gerações passadas e obter novas vitórias
para o futuro. “Vim aqui hoje na perspectiva de que minha juventude tenha
aposentadoria, tenha um trabalho de qualidade e para garantir os direitos
conquistados pelos meus pais”, disse.
A
Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) não divulgou estimativa
de público na manifestação de ontem. A pasta não tem divulgado nas últimas
mobilizações populares.
Para
o presidente da Central Única dos Trabalhadores do Ceará (CUT-CE), Wil Pereira,
a adesão ao movimento contra “retrocessos” foi a esperada pela entidade.
Segundo ele, os próximos passos são para manter a mobilização contra a perda de
direitos. “Vamos continuar resistentes nas ruas contra essas medidas que
retiram os direitos dos trabalhadores”, prometeu.
Luciano
Simplício, presidente da Central dos Trabalhadores (CTB), destacou que a “forte
adesão” à manifestação é consequência da “impopularidade do presidente, da
corrupção do Congresso, mas principalmente pelo direito que a classe
trabalhadora está prestes a perder, como a tal da reforma trabalhista e
previdenciária”.
Com
informações O Povo Online
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