A
uma semana da votação da denúncia de corrupção contra Michel Temer (PMDB), nas
contas do governo, são 80 os parlamentares indecisos que podem ser convencidos
a votar contra o pedido de abertura de investigação, com base na delação da
JBS.
A
oposição aposta no aumento de impostos sobre os combustíveis e na liberação de
emendas parlamentares para ampliar o clima de insatisfação.
“Pretendo
trabalhar com número de 300 parlamentares contra denúncia. O presidente
conversou com diversos parlamentares mostrando sua defesa”, disse o vice-líder
do governo na Câmara dos Deputados, Beto Mansur (PRB-SP), um dos maiores
beneficiários da recente liberação de emendas parlamentares.
Sem
fatos novos da Operação Lava Jato, os oposicionistas, porém, dizem acreditar
que a pressão da base eleitoral sobre os parlamentares no período de recesso
tem potencial de reverter votos governistas.
“Vamos
discutir milimetricamente qual a melhor tática. Temos 150 e faltam 90. Daqui
pra o dia 2 falta muito tempo. O bicho vai pegar porque a transmissão é pela
Globo e pelos jornais nacionais. Acho que temos chance de admitir a denúncia”,
disse o deputado oposicionista José Guimarães (PT-CE).
Durante
o recesso, que acaba na terça-feira que vem, parlamentares estão sendo
abordados por eleitores. Alguns estão recebendo mensagens no celular cobrando
um posicionamento sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Encha
o tanque e ajude Temer a comprar mais um deputado! Promoção”, diz uma das
mensagens recebidas por um deputado. “Há uma pressão popular muito grande. O
povo não vai perdoar, não. Está todo mundo acompanhando”, disse o deputado
Júlio Delgado (PSB-MG).
Já o deputado federal Silvio Torres (SP), principal
aliado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na Executiva do PSDB e o secretário-geral da legenda, disse ontem
que depois da votação da admissibilidade da denúncia da Procuradoria-Geral da
República (PGR) contra o presidente Michel Temer no plenário da Câmara
dificilmente os tucanos continuarão no governo.
Torres
afirmou que ainda não foi definida a posição oficial do partido sobre a votação
da denúncia no plenário, mas disse que a bancada de 46 deputados deve ser
liberada, como aconteceu na votação da admissibilidade da denúncia na Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ).
Ele
avalia que hoje há “ampla maioria” favorável ao desembarque dos quatro
ministros tucanos no governo. São eles Bruno Araújo (Cidades), Antonio
Imbassahy (Secretaria de Governo), Luislinda Valois (Direitos Humanos) e
Aloysio Nunes (Relações Exteriores).
“Após
a votação o PSDB dificilmente ficará no governo. Teremos a liberdade política
de nos articular para 2018. Ficaremos em uma posição crítica de poder fazer a
avaliação do atual do governo”, disse.
Segundo
o parlamentar, a situação de Temer nos últimos 60 dias, período em que vieram à
tona a delação da JBS e as gravações realizadas pelo empresário Joesley
Batista, “obrigaram (o partido) a fazer nova reflexão” sobre o apoio ao
governo.
Com
informações O Povo Online
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