Tomando
posse amanhã como presidente interino da República, o senador Eunício Oliveira
(PMDB) vive hoje momentos bem antagônicos de suas trajetórias como líder local
e nacional.
Se assumirá cargo de maior peso do País, o presidente do Senado parece ter perdido rédeas do PMDB cearense. Atualmente, três dos cinco deputados estaduais da sigla já estão de “malas prontas” para deixar o partido.
Se assumirá cargo de maior peso do País, o presidente do Senado parece ter perdido rédeas do PMDB cearense. Atualmente, três dos cinco deputados estaduais da sigla já estão de “malas prontas” para deixar o partido.
Nos
últimos meses, deputados Agenor Neto, Audic Mota e Dra. Silvana têm se
aproximado da base de Camilo Santana (PT) na Assembleia, contrariando tese de
oposição defendida por Eunício. Em março, outro parlamentar, Tomaz Holanda,
trocou a sigla pelo governista PPS.
Atual
líder do bloco PMDB/PSD/PMB na Casa, Dra. Silvana afirma estar sendo
“perseguida” pela direção do partido. Segundo ela, desavenças começaram após
ela assumir a liderança e retirar Leonardo Araújo (PMDB) da relatoria de
proposta que extingue o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
“O
Gaudêncio (Lucena, vice-presidente do PMDB Ceará) me ligou logo depois, em uma
ligação bem ríspida, dizendo que eu teria meu mandato suspenso se não voltasse
atrás”, disse Silvana ao O POVO. “Me senti perseguida, além de agredida pelo
fato de ser mulher”.
Já
Audic e Agenor “guinaram” para o governo em meio a disputas ligadas à suas
bases regionais. Antes um dos deputados mais atuantes da oposição, Audic entrou
em rota de colisão com a sigla após Eunício se aproximar do grupo político de
conselheiro do TCM Domingos Filho, seu adversário político histórico em Tauá.
Agenor
Neto, por sua vez, se aproximou do governismo após perder sucessão municipal em
sua base eleitoral, Iguatu. O próprio candidato derrotado, Aderilo Alcântara,
foi nomeado secretário executivo de Recursos Hídricos do governo Camilo Santana
por indicação do parlamentar.
Com
as mudanças, ala oposicionista do PMDB na Casa conta hoje apenas com Danniel
Oliveira e Leonardo Araújo. “São três contra dois, então acho que a gente
deveria era tomar o partido, temos maioria para isso”, diz Silvana.
Danniel
Oliveira, no entanto, descarta tese de perseguição. “Isso é completamente
fantasioso. Se alguém diz isso, me parece mais uma estratégia de defesa para
montar uma saída repentina do partido se protegendo da Justiça”.
Segundo
o deputado, o partido está, inclusive, sendo “calmo” diante da infidelidade
praticada pelos deputados. “O governo tem seus meios de conseguir aliados. Se
esses deputados mudaram de lado, são eles que têm que responder. O PMDB foi
eleito para fazer oposição, sempre foi oposição e continuará sendo oposição”.
Ele
minimiza tese da deputada em “tomar” a sigla. “Sem pé nem cabeça, coisa de quem
não conhece o que é partido”.
O jornal POVO procurou Audic Mota, Agenor Neto e Eunício Oliveira para comentar o caso, mas chamadas aos seus celulares não foram atendidas.
Quinto
cearense a assumir o cargo, Eunício será presidente por três dias, entre
sexta-feira e domingo, por conta de viagens de Michel Temer e Rodrigo Maia.
O
primeiro foi Linhares Filho, presidente do STF que assumiu a Presidência por
três meses e cinco dias após derrubada de Getúlia Vargas em 1945.. Segundo foi
Humberto de Alencar Castelo Branco, primeiro governante da ditadura militar em
1964. Depois, os parlamentares Paes de Andrade - sogro de Eunício - e Mauro
Benevides também ocuparam interinamente o cargo.
Com
informações O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.