Valeska Martins e Cristiano Martins anunciaram que vão recorrer (Foto: Divulgação) |
A
defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou "ilegal"
e "abusiva" a decisão do juiz Sérgio Moro, responsável pelos
inquéritos da Lava Jato na primeira instância, de bloquear R$ 606 mil das
contas bancárias do petista, além de determinar o sequestro e arresto de três
apartamentos, um terreno e dois carros.
Em
nota, assinada pelos advogados Cristiano Martins e Valeska Martins, a defesa
disse que vai recorrer da decisão. "Somente a prova efetiva de risco de
dilapidação patrimonial poderia justificar a medida cautelar patrimonial. O
Ministério Público Federal não fez essa prova, mas o juízo aceitou o pedido
mais uma vez recorrendo a mera cogitação", diz trecho do comunicado.
A
defesa do ex-presidente ainda fez críticas a Moro, que para os advogados,
manteve o pedido e a decisão sob sigilo. "A decisão é de 14/07, mas foi
mantida em sigilo, sem a possibilidade de acesso pela defesa — que somente dela
tomou conhecimento por meio da imprensa, que mais uma vez teve acesso com
primazia às decisões daquele juízo. A iniciativa partiu do Ministério Público
Federal em 04/10/2016 e somente agora foi analisada. Desde então, o processo
também foi mantido em sigilo. A defesa irá impugnar a decisão", disseram
os advogados.
O
bloqueio, de acordo com os advogados de ex-presidente, prejudicará a
subsistência de Lula e da familia dele. "É mais uma arbitrariedade dentre
tantas outras já cometidas pelo mesmo juízo contra o ex-presidente Lula".
Em
nota, o PT considerou a decisão de Moro "mesquinha" e que trata-se de
uma "vingança" contra um inocente. "Depois de condenar o
ex-presidente Lula sem provas, de propagar mentiras e contradizer sua própria
sentença, o juiz Sérgio Moro decidiu agora vingar-se de um inocente. Ao
bloquear os bens de Lula, Moro decretou uma pena de asfixia econômica que priva
o ex-presidente de sua casa, dos meios para subsistir e até para se defender
das falsas acusações", afirmou o PT.
"Foi
uma decisão mesquinha, tramada em segredo ao longo de nove meses com a
força-tarefa de Curitiba, e concluída após a forte reação da sociedade e do
mundo jurídico à sentença injusta no caso do tríplex", diz outro trecho da
nota divulgada pelo PT.
Com
informações Agência Brasil
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