A alta cúpula tucana reunida para para decidir os rumos do partido (Foto: Pedro Ladeira)
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O
presidente nacional interino do PSDB,
senador Tasso Jereissati (CE), anunciou na noite de ontem (12/06) que o partido
segue na base de apoio ao governo Michel Temer, mas que serão feitas avaliações
diárias dos cenários políticos. "Vamos
avaliar diariamente. Todos os dias têm surgido fatos novos e vamos estar
atentos", disse o senador ao final da reunião da executiva nacional em Brasília, que
durou mais de seis horas.
Segundo
Jereissati, não houve deliberação do partido sobre a permanência no governo,
mas a maioria da legenda entende que um eventual desembarque agora iria
prejudicar as reformas. "O partido está unido, mas tem divergências. O
partido não tem dono, nem é autoritário. Quem é mais velho lembra que já tivemos crise e no momento exato seguiremos unidos", disse.
Sobre
o resultado do julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE, o presidente nacional interino do PSDB defendeu
que o partido recorra da decisão. Ele disse que os advogados do partido, no
entanto, entendem ser melhor aguardar a publicação do acórdão e depois submeter
a decisão à executiva.
"Eu,
como presidente, penso que devemos recorrer. O advogado quer esperar a
publicação [do acórdão]. Vamos continuar no governo Temer, sem deixar de lado
as nossas convicções. E eu estou convicto de que houve corrupção na eleição de
2014".
Perguntado
se essa posição não seria incoerente, o tucano reconheceu que sim, mas que
prefere seguir suas convicções. "Com certeza há uma incoerência nisso, mas
foi a história que nos impôs. Esse não é o meu governo, nem o governo dos meus
sonhos. Não votei nele [Temer] nem nela [Dilma]. Estamos juntos para dar a
estabilidade que o país precisa. Estaria mais confortável com alguém do PSDB
[na Presidência]".
Sobre
uma eventual denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente
Michel Temer, Jereissati disse que o partido não fechará questão e os deputados
ficarão livres para votar (a Câmara é quem decide se autoriza a abertura do
processo de investigação contra o presidente).
"Vai ser uma decisão da
Câmara e cada deputado vai votar da maneira que quiser. Não existe nada de
fechar questão em relação a isso. A bancada tem opiniões diferente, vai ser um
voto de consciência e não uma decisão partidário. Se tiver um acontecimento
muito grave, a opinião vai ser diferente e vamos chamar a bancada e conversar
sobre isso", disse.
Com
informações Agência Brasil
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