Maioria do TSE livrou Temer da cassação e Dilma da inelegibilidade (Foto: Ascom/TSE) |
Com
o voto final do ministro e presidente da Corte, Gilmar Mendes, o Tribunal
Superior Eleitoral livrou a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB)
da cassação. O placar estava empatado em 3 a 3 quando Gilmar se pronunciou
contrário à condenação da chapa, fechando a votação em 4 a 3 pela absolvição. A
decisão do ministro elucida reviravolta no caso. Afinal, foi ele quem, ainda em
2015, pediu a reabertura do processo que já havia sido arquivado.
Ao
longo do julgamento, o ministro e relator Herman Benjamin fez várias citações
ao voto de Gilmar em um julgamento de 2015 no qual se decidiu prosseguir com a
ação. Segundo o relator, que votou pela cassação, o entendimento do presidente
do TSE na votação de 2015 deveria basear a autorização para ouvir delatores da
Odebrecht; o que Gilmar Mendes negou agora.
Próximo
ao Palácio do Planalto, Gilmar argumentou que “não se substitui um presidente
da República a toda hora, ainda que se queira”. Boa parte da argumentação do
ministro se baseou na preservação da estabilidade institucional do País, embora
dissesse também que não cabia à Corte a solução para a crise política.
“A
Constituição valoriza a soberania popular, e não de acordo com a nossa vontade.
A cassação de mandatos deve acontecer em situações inequívocas”, disse o
ministro, que foi a favor da cassação da petista Dilma Rousseff no ano passado.
O
presidente do TSE voltou a repetir que não é papel da corte resolver a crise
política. Segundo Gilmar, ele disse a parlamentares que lhe procuraram nas
últimas semanas, que se eles quisessem “impichar” o presidente, que fizessem
pelas “vias normais”, pois o “tribunal não é instrumento para disputas
políticas”.
“Estamos
tratando de uma ação especial. Especialíssima quando se trata do presidente da
República, que é chefe de Estado e chefe de governo”, disse. Em mais um ataque
à Procuradoria-Geral da República, ele insinuou que, se houver a cassação do
mandato de Temer, a PGR pode atuar para impedir que os próximos nomes da linha
sucessória assumam o cargo. Ele sugeriu que o troca-troca de presidentes
poderia se seguir por um tempo e desestabilizar o País.
A
maioria dos ministros do TSE desconsiderou as delações dos ex-executivos da
Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Eles também
entenderam que não houve abuso de poder nem provas suficientes para cassar a
chapa.
Com
esse resultado, a ex-presidente Dilma Rousseff mantém seus direitos políticos e
Temer continua na Presidência.
“Não
há nenhuma razão para prosseguirmos com o julgamento porque nós três (ele, Rosa
Weber e Luiz Fux) tivemos a nossa posição vencida e eu me submeto à maioria”,
concluiu o relator Herman Benjamin.
Confira como votou os ministro do TSE:
Confira como votou os ministro do TSE:
Com
informações O Povo Online
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