5 de junho de 2017

Para Camilo, Cid, Ciro e Roberto Cláudio, Tasso é a melhor opção

Ciro Gomes, Roberto Cláudio, Camilo Santana e Cid Gomes participaram ontem de evento que regulamentou Parque do Cocó (Foto: Ariel Gomes)
Um dos nomes postos para disputar as eleições indiretas caso o presidente Michel Temer (PMDB) deixe o cargo, o senador Tasso Jereissati (PSDB) tem ganhado força no Estado até entre seus adversários. Apesar de afirmarem que ele tem perfil “conservador” e “reacionário”, os ex-governadores Cid e Ciro Gomes acreditam que “honradez” e “seriedade” do tucano o tornam a melhor opção caso não ocorram as diretas.


“O raciocínio é muito óbvio: nosso lado não há a menor chance de sair um quadro, então será do lado de lá. O lado de lá é todo reacionário e golpista, e a maioria ainda é pilantra. Aí você tem o Tasso, que é reacionário e golpista, mas é homem sério, experiente”, afirma Ciro Gomes. “Ele é disparado a pessoa que mais tem dotes morais e respeitabilidade para governar o País, é só isso que eu estou falando, não é nenhuma simpatia, que eu também tenho”.

O ex-ministro duvida, porém, que o tucano tenha chances de vencer a disputa. Segundo ele, se vier a ocorrer uma eleição indireta, quem vencerá será o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ciro também explica que acompanha decisão do PDT de apoiar as diretas, mas “acha difícil que aconteça”.

Já Cid afirmou que “não sabe quem serão os candidatos”, mas que “jamais falaria uma palavra contra uma eventual candidatura do Tasso”, embora acredite que, por ser um “conservador”, o tucano não resolveria o problema econômico do Brasil. “Acho ele um homem digno, que certamente inovaria nesse aspecto, a gente teria um marco de dignidade e honradez que o Tasso representa”, disse.

O ex-governador, porém, pondera: “Se ele for candidato, não sei quem são os outros, mas torceria por ele, embora não considere o ideal. O ideal para presidir o Brasil é Ciro Gomes”. As declarações foram dadas em evento da demarcação do Parque do Cocó, realizado na manhã de ontem.

Na ocasião, o governador Camilo Santana (PT) voltou a dizer que Presidência do Tasso “seria bom para o Ceará”, mas afirmou que “nunca defendeu eleição indireta” e que vai seguir orientação do partido nacional, consolidada no último sábado, 3, de que todas as lideranças devem apoiar as diretas.

“Eu nunca defendi eleição indireta, (...) o que eu disse é que caso houvesse uma eleição indireta, se os nomes fossem de dentro do Congresso, o nome do Tasso é respeitado e seria muito bom pro Ceará”, explicou. É o que defende também o prefeito Roberto Cláudio (PDT), que afirmou que “o Tasso representa valores muito importantes que dão a ele o crédito para ser presidente”, mas que prefere as eleições diretas.

O senador, que iria receber uma comenda no evento, não compareceu e enviou o empresário Assis Machado no seu lugar. Questionada sobre o motivo, a assessoria de imprensa do senador não deu explicações.

Ciro e Cid Gomes estão rompidos com Tasso Jereissati desde 2010, quando os irmãos decidiram não apoiar a reeleição do tucano para o Senado, preferindo a dobradinha entre Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT), que acabaram vitoriosos. Aliados de Tasso avaliaram o episódio como uma grave traição, já que os Ferreira Gomes foram alçados na carreira política graças ao apoio do ex-governador.

Com informações O Povo Online

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