Na
contramão do Partido dos Trabalhadores, que decidiu não participar de provável
eleição indireta no Congresso Nacional — em caso de queda do presidente Michel
Temer (PMDB) —, o governador Camilo Santana (PT) questionou a “lógica” de uma
eleição direta para um ano de mandato presidencial.
A medida é defendida pelo
PT como a única saída para solucionar a crise política no País.
“O
que a Constituição diz? Diz que primeiro tem que ter a vacância do cargo. No
caso de vacância do cargo, a Constituição diz que são eleições indiretas. Para
ser uma eleição direta tem que haver uma decisão do Congresso Nacional. E aí
vamos fazer eleição direta com mandato de um ano? Tem lógica isso pro Brasil?
Acho que o Brasil tem que pensar em fazer uma grande reforma política”,
defendeu ontem antes da posse da nova presidente do Tribunal Regional Eleitoral
(TRE-CE), na sede do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE).
Questionado
pelo jornal O POVO sobre a decisão do partido que, no 6° Congresso Nacional, deliberou
pela defesa das diretas e boicote ao colégio eleitoral em caso de eleição
indireta, o governador alegou não defender as eleições indiretas.
“E
eu estou defendendo eleição indireta? Eu não estou defendendo eleição indireta.
Eu estou defendendo o que diz a Constituição”, retrucou. A Constituição, porém,
prevê eleição indireta.
O
presidente estadual do PT, De Assis Diniz, afirmou, no último sábado, 3, que o
partido, além de rejeitar qualquer participação na eleição indireta, “nenhuma
liderança do partido pode defender a proposta”
Empossada
para o biênio 2017-2019, a nova presidente do Tribunal Regional Eleitoral do
Ceará (TRE-CE), desembargadora Maria Nailde Pinheiro, assegurou que o órgão
está pronto para realizar uma eleição direta em caso de alteração no texto da
Constituição com a possível queda do presidente Michel Temer (PMDB).
“Constitucionalmente não há previsão de
eleição direta, a não ser que haja modificação na legislação. Mas eu asseguro
que o Tribunal está pronto para cumprir qualquer determinação do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE)”, afirmou momentos antes do ato de posse que ocorreu
na tarde de ontem (05/06) na sede do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE).
O
desembargador Haroldo Máximo foi empossado como vice-presidente e corregedor
eleitoral.
Com
informações O Povo Online
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