A
cúpula do PMDB, partido do presidente Michel Temer, se posicionou contra o
afastamento do senador tucano Aécio Neves, determinado pelo ministro Edson
Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF).
O líder do peemedebista no Senado,
Renan Calheiros, e o presidente da legenda, Romero Jucá, discursaram contra a
medida, um dia após o PSDB decidir que permanece na base do governo.
“Uma
liminar pode afastar um senador? Qual é a previsão? Você pode com o afastamento
prejulgar e com vazamento seletivo condenar, sem culpa formada?”, questionou
Renan, que já foi alvo, inclusive, de decisão para afastamento. “Não há de fato
nada que diga, no regimento ou na Constituição, o que é um afastamento de
senador”, disse Jucá. Ele cobrou ainda esclarecimentos do Supremo sobre como o
Senado deveria proceder.
Fachin
determinou o afastamento do tucano em 18 de maio. Desde então, o senador não
participa de atividades parlamentares, como comissões e votações. Ainda assim,
não há qualquer informação de que o salário do senador seria cortado, conforme
determina o regimento do Senado em caso de ausência em sessões de votação.
Auxílios, verba de escritório e gabinete funcionam normalmente. A defesa de Aécio
negou que ele esteja descumprindo ordem judicial.
O
presidente do Senado, Eunício Oliveira, também do PMDB, reafirmou ontem que não
está descumprindo a liminar do STF sobre o caso de Aécio. Ele se reuniu com o
ministro Fachin e com os integrantes da Mesa Diretora para debater a questão.
“Comuniquei
ao senador Aécio a decisão do STF de afastá-lo. Não tem previsão regimental,
constitucional de afastamento pela Justiça. Cabe ao ministro Fachin determinar
a forma do afastamento e eu cumprirei a decisão complementar”, disse Eunício.
O
jurista Miguel Reale Jr, um dos autores do impeachment de Dilma Rousseff,
anunciou que irá se desfiliar do PSDB após decisão de continuar na base. “Com
essa medida, o PSDB perde consistência, ética e eleitorado. Perde discurso”,
justificou.
Outros
filiados ficaram descontentes com a decisão da cúpula na última segunda e
reclamaram da falta de democracia na decisão. Para o deputado federal Eduardo
Barbosa (MG), o desembarque não é assunto encerrado. Uma ala do partido está
comprometida a continuar a militância pela saída do PSDB do governo. “Nossa
ideia é convencer a todos da nossa tese”.
Com
informações O Povo Online
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