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17 de junho de 2017

Após críticas de FHC, tucanos reavaliam apoio a Temer

Fiel da balança do governo Michel Temer, o PSDB segue em dividido e pode reavaliar nos próximos dias se fica ou deixa a gestão do PMDB. O partido já havia deliberado pela permanência na base na última terça-feira (13/06), mas pode mudar de posição após falas de caciques tucanos.

Entre o discurso da “responsabilidade com o País” e a dificuldade de defender um governo impopular e investigado por graves denúncias de corrupção, a legenda segue em alerta e já tem nova reunião marcada na próxima semana para discutir os “fatos novos”.

Pela segunda vez, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, voltou a sugerir ontem, por meio de nota, a renúncia do presidente Temer. Dessa vez, porém, defendeu eleições gerais caso não haja “aceitação generalizada” da ordem vigente, que é “legal e constitucional”.

“Ou há um gesto de grandeza por parte de quem legalmente detém o poder pedindo antecipação de eleições gerais, ou o poder se erode de tal forma que as ruas pedirão a ruptura da regra vigente exigindo antecipação do voto”, escreveu.

As palavras do tucano repercutiram internamente. “Naquela grande reunião ficou deliberado que a cada dia vamos avaliar o quadro real. A opinião do Fernando Henrique é de uma pessoa que tem trânsito e é importante, não deixa de ter credibilidade”, argumentou o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB).

Para os tucanos Guilherme Coelho (PE) e Eduardo Barbosa (MG), ouvidos pelo jornal O POVO, o quadro de apoio ao Palácio do Planalto, porém, não deve mudar em razão das declarações do ex-presidente da República.

“Eu sou favorável a isso (renúncia) e acho que ele (Temer) deveria ter feito isso já. Mas é uma posição minoritária dentro do partido”, afirmou o deputado mineiro. Segundo ele, as posições de diversas lideranças já estão “muito claras” em relação ao assunto.

Mais conservador nas palavras, o deputado pernambucano pediu “bom senso e equilíbrio” ao partido nessa indecisão que contamina a legenda a cada novo escândalo de corrupção na gestão peemedebista.

“Nós temos que dar apoio nesse momento ao País, às reformas e, consequentemente, ao presidente”, defendeu. De acordo com o parlamentar, porém, a temperatura interna não deve mudar a partir das declarações de Fernando Henrique. “É um pensamento dele que a gente ouve e respeita”, diz Guilherme Coelho.

Com informações O Povo Online

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