Fiel
da balança do governo Michel Temer, o PSDB segue em dividido e pode reavaliar
nos próximos dias se fica ou deixa a gestão do PMDB. O partido já havia
deliberado pela permanência na base na última terça-feira (13/06), mas pode
mudar de posição após falas de caciques tucanos.
Entre
o discurso da “responsabilidade com o País” e a dificuldade de defender um
governo impopular e investigado por graves denúncias de corrupção, a legenda
segue em alerta e já tem nova reunião marcada na próxima semana para discutir
os “fatos novos”.
Pela
segunda vez, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, voltou a sugerir ontem,
por meio de nota, a renúncia do presidente Temer. Dessa vez, porém, defendeu
eleições gerais caso não haja “aceitação generalizada” da ordem vigente, que é
“legal e constitucional”.
“Ou
há um gesto de grandeza por parte de quem legalmente detém o poder pedindo
antecipação de eleições gerais, ou o poder se erode de tal forma que as ruas
pedirão a ruptura da regra vigente exigindo antecipação do voto”, escreveu.
As
palavras do tucano repercutiram internamente. “Naquela grande reunião ficou
deliberado que a cada dia vamos avaliar o quadro real. A opinião do Fernando
Henrique é de uma pessoa que tem trânsito e é importante, não deixa de ter
credibilidade”, argumentou o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB).
Para
os tucanos Guilherme Coelho (PE) e Eduardo Barbosa (MG), ouvidos pelo jornal O
POVO, o quadro de apoio ao Palácio do Planalto, porém, não deve mudar em razão
das declarações do ex-presidente da República.
“Eu
sou favorável a isso (renúncia) e acho que ele (Temer) deveria ter feito isso
já. Mas é uma posição minoritária dentro do partido”, afirmou o deputado
mineiro. Segundo ele, as posições de diversas lideranças já estão “muito
claras” em relação ao assunto.
Mais
conservador nas palavras, o deputado pernambucano pediu “bom senso e
equilíbrio” ao partido nessa indecisão que contamina a legenda a cada novo
escândalo de corrupção na gestão peemedebista.
“Nós
temos que dar apoio nesse momento ao País, às reformas e, consequentemente, ao
presidente”, defendeu. De acordo com o parlamentar, porém, a temperatura
interna não deve mudar a partir das declarações de Fernando Henrique. “É um
pensamento dele que a gente ouve e respeita”, diz Guilherme Coelho.
Com
informações O Povo Online
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