Mesmo
após diversas denúncias e escândalos de corrupção no governo, o discurso
oficial do PSDB é de que ainda é necessário um “fato novo” para a legenda
reavaliar se sai ou fica no governo. Internamente, porém, o debate se torna
cada vez mais caloroso.
O
governador Geraldo Alckmin afirmou ontem (19/06), em entrevista, que o partido pode
deixar a base de Michel Temer a “qualquer momento” e que a sigla não tem
compromisso com o PMDB, e sim com as reformas.
“Tem
aqueles que querem sair imediatamente; aqueles que, assim como um casamento, é
até que a morte dos separe; e a nossa posição, que é aguardar para completar as
reformas, questão de 60, 90 dias. Podemos sair da base a qualquer momento”,
disse.
O
chamado “fato novo”, de acordo com o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB),
pode ser o resultado da perícia que a Polícia Federal está fazendo no áudio
gravado pelo empresário Joesley Batista em que registra uma conversa
comprometedora com o presidente.
“Como
se diz que houve indícios (de edição), não podemos ser irresponsáveis em não
esperar a perícia oficial dar esse parecer sobre essas gravações”, argumenta.
A
PF, no entanto, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) maior prazo para
concluir o inquérito que investiga Temer e o ex-deputado Rocha Loures, também
do PMDB.
O
prefeito de São Paulo, João Doria, também disse ontem que o limite do apoio de
seu partido ao governo Temer é “a culpabilidade”, e que este não deve ser
“irrevogável” nem “interminável”.
“Se
houver uma situação que implique o presidente Temer numa culpa flagrante,
evidentemente que o PSDB deve reavaliar esse apoio. Mas enquanto isso o PSDB
não pode precipitar um juízo, e jogar para o alto uma circunstância em que você
tem que defender o Brasil”, disse.
Enquanto
os “cabeças brancas” do PSDB atuam para manter o partido na base do governo, a
juventude tucana (J-PSDB) levantou a bandeira do rompimento com o Palácio do
Planalto no 55º Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune).
Pela
primeira vez em dez anos, a J-PSDB levou para Minas Gerais uma bancada de 148
delegados, o suficiente para garantir pelo menos uma vaga na diretoria da
entidade.
Além
do “Fora, Temer”, os tucanos defendem a realização de eleições diretas para
presidente por meio da aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC)
e o afastamento definitivo do senador Aécio Neves da presidência do PSDB.
Com
informações O Povo Online
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