Começou
ontem (15/05) a corrida para a sucessão da vaga na Procuradoria-Geral da República
(PGR). Com a aproximação do fim do segundo mandato de Rodrigo Janot, titular do
cargo, pelo menos seis nomes já se inscreveram no primeiro dia para escolha da
lista tríplice.
Em
reunião na última quarta-feira (10/05), a diretoria da Associação Nacional dos
Procuradores da República (ANPR) definiu o cronograma de campanha eleitoral para 25 de
maio a 26 de junho. Serão
realizados seis debates, a votação está prevista para a última semana de
junho. Na sequência, a presidência da República nomeia o sucessor na
PGR.
Desde
o primeiro mandato do ex-presidente Lula na Presidência, foi estabelecido um
método de escolha do candidato mais votado na lista tríplice pelos procuradores
do Ministério Público Federal (MPF). Com a mudança no comando do País, treze
anos depois, a entidade, representada pelo presidente José Robalinho
Cavalcanti, tenta manter a tradição.
A
ANPR chama atenção para importância da lista no processo de escolha. “Nem os
procuradores da República nem o Brasil admitem qualquer solução que não seja
por meio da lista tríplice formada a partir da consulta à carreira. Trata-se da
escolha do chefe da instituição”, afirmou Robalinho.
Ele
argumenta que todos os ministérios públicos participam da escolha de suas
próprias lideranças e que qualquer "retrocesso institucional" seria
inadmissível ao País. Temer não tem garantido a manutenção da lista.
O
principal desafio de quem se eleger chefe da PGR é a condução das investigações
da Operação Lava Jato no âmbito dos processos envolvendo nomes com foro
privilegiado, como deputados e senadores.
Com
a recusa de Janot para um terceiro mandato, o nome do vice-procurador-geral
Eleitoral, Nicolao Dino, irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB),
aparece como um dos favoritos para vencer a eleição.
No
entanto, a proximidade com o grupo opositor ao presidente Michel Temer (PMDB)
pode ser um dos entraves para a escolha de Dino por parte do peemedebista.
Outro
nome com força interna é o da ex-vice-procuradora-geral da República, Ela
Wiecko. Participação dela em uma campanha do “Fora Temer” em Portugal acabou,
porém, minando o apoio à procuradora.
Candidatos
mais alinhados a Temer também estão no páreo, como Raquel Dodge e Sandra
Cureau. Novos postulantes devem ser colocados tendo em vista o prazo para as
inscrições se encerram apenas na próxima quarta-feira (24/05).
Mais
discreto na condução da Lava Jato, e reconduzido no ápice das investigações,
Janot poderia se candidatar a um terceiro mandato à frente da PGR, que é de
dois anos.
Com
informações O Povo Online
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