A
pouco mais de uma semana para o julgamento da ação que pode cassar o seu mandato no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), o presidente Michel Temer (PMDB) escolheu um
ex-ministro da Corte para comandar o ministério da Justiça, pasta ligada
diretamente à Operação Lava Jato.
Torquato
Jardim assume no lugar de Osmar Serraglio (PMDB-PR), que estava no cargo há
apenas dois meses ocupando o posto deixado por Alexandre de Moraes que se
tornou ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
O peemedebista, assim, troca de lugar com Jardim e agora vai chefiar o ministério da Transparência.
O peemedebista, assim, troca de lugar com Jardim e agora vai chefiar o ministério da Transparência.
A
substituição de peças no primeiro escalação do Palácio do Planalto, em meio a
uma crise política sem precedentes, gerou desconforto imediato entre delegados
da Polícia Federal, que são subordinados ao ministério da Justiça.
O
grupo se manifestou resistente a uma possível troca da chefia da PF. Através de
nota, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) viu com
“preocupação” a substituição no momento em que as investigações avançam e
atingem peças de sustentação do Governo Federal.
“É
essencial que seja instituído o mandato para diretor geral da PF, de modo que
mudanças de governo ou de governantes não reflitam em interferências políticas,
cortes de recursos e de investimentos que prejudiquem as ações da Polícia
Federal”, cobrou o presidente da entidade Carlos Eduardo Sobral.
Questionado
se fará mudanças na direção da Polícia Federal, braço direito da Lava Jato, o
novo ministro disse que consultará Michel Temer, que passou a ser investigado
por irregularidades no STF, antes de tomar qualquer decisão. “Tudo vai ser
estudado e refletido. Vou ouvir o presidente Temer, o secretário-executivo, e
fazer a minha própria avaliação antes de tomar qualquer decisão”, revelou à
Globo News.
Amigo
de longa data do presidente, Torquato foi ministro do TSE entre os anos de 1988
a 1996. Ele assumiu a pasta da Transparência, em maio do ano passado, após
escândalo no governo afastar Fabiano Silveira.
O
novo ministro da Justiça já chegou a criticar procedimentos da Operação Lava
Jato no ano passado como as condenações sem provas, que foram reconhecidas pela
Justiça Federal, e as extensas prisões provisórias.
Com
informações O Povo Online
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