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22 de maio de 2017

Em Fortaleza ato pede saída de Temer e eleições diretas

Manifestantes em Fortaleza pediram a saída do presidente Michel Temer e a realização de novas eleições (Foto: Julio Cesar)
 avenida Beira Mar foi palco mais uma vez de protesto contra o governo de Michel Temer (PMDB). A manifestação teve concentração inicial no Aterro da Praia de Iracema, em frente à Estátua de Iracema Guardiã, percorreu a avenida Historiador Raimundo Girão até chegar à avenida Beira Mar e ter encerramento no cruzamento com a avenida Desembargador Moreira, às 19 horas. Sem número oficial de presentes anunciado pela Polícia Militar, a organização divulgou que estiveram presentes 30 mil pessoas.

Com presença “de jovens, famílias”, “trabalhadores e classe média alta” e bandeiras do Brasil mais aparentes, a manifestação representou “união do sentimento do povo brasileiro em geral”, segundo Francisco de Assis Diniz, presidente PT Ceará.

“Tentaram nos dividir entre vermelho e verde amarelo. Hoje, queremos a unidade do povo brasileiro. A Beira Mar, que sempre foi palco da elite, de maior PIB fortalezense, também concorda que não dá pra continuar sendo levada pela corrupção”, avaliou De Assis.

A saída de Michel Temer, seja por renúncia (tese com maior vigor no ato) ou impeachment, foi o ponto alto das manifestações. Para o deputado federal José Guimarães (PT), contudo, ainda é uma incógnita como o Congresso deve se comportar.

“Vamos saber terça-feira, 23, quando votaremos emendas (para proposta de eleições diretas). O Temer está provocando e a saída é o Congresso reagir. O clima é de tirar ele, mas não sei se vão ter coragem de votar”, contou o parlamentar.

Outra pauta do protesto, Técio Nunes, coordenador da Intersindical, acredita que é preciso haver eleições diretas, uma vez que “as pessoas não acreditam no Congresso”. “É a saída mais democrática que o Brasil tem para poder sair desse imbróglio, que é essa crise de confiança que se tem das instituições”, disse, ressaltando o caráter “democrático” da manifestação, onde “você vê que são pessoas engasgadas, com cartazes e bandeiras, pedindo Diretas Já”.

Presente na manifestação, a deputada federal Luizianne Lins (PT) fez discurso duro no trio elétrico. “Estou chocada. A Câmara é uma gaiola das loucas. Não podemos deixar esse safado hipócrita continuar. As coisas estão definidas, independente da gente, pela conjuntura, pelo povo brasileiro, pelas instituições. Mas é preciso enfrentar a política toda, e revê-la. Enquanto não houver isso, vai ser escândalo a cada dois anos”, afirmou ela.

Com informações O Povo Online

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