Manifestantes em Fortaleza pediram a saída do presidente Michel Temer e a realização de novas eleições (Foto: Julio Cesar) |
A avenida Beira Mar foi palco mais uma vez de protesto contra o governo de Michel Temer
(PMDB). A manifestação teve concentração inicial no Aterro da Praia de Iracema, em frente
à Estátua de Iracema Guardiã, percorreu a avenida Historiador Raimundo
Girão até chegar à avenida Beira Mar e ter encerramento no cruzamento com a
avenida Desembargador Moreira, às 19 horas. Sem número oficial de presentes
anunciado pela Polícia Militar, a organização divulgou que estiveram presentes
30 mil pessoas.
Com
presença “de jovens, famílias”, “trabalhadores e classe média alta” e bandeiras
do Brasil mais aparentes, a manifestação representou “união do sentimento do
povo brasileiro em geral”, segundo Francisco de Assis Diniz, presidente PT
Ceará.
“Tentaram
nos dividir entre vermelho e verde amarelo. Hoje, queremos a unidade do povo
brasileiro. A Beira Mar, que sempre foi palco da elite, de maior PIB
fortalezense, também concorda que não dá pra continuar sendo levada pela
corrupção”, avaliou De Assis.
A
saída de Michel Temer, seja por renúncia (tese com maior vigor no ato) ou
impeachment, foi o ponto alto das manifestações. Para o deputado federal José
Guimarães (PT), contudo, ainda é uma incógnita como o Congresso deve se
comportar.
“Vamos
saber terça-feira, 23, quando votaremos emendas (para proposta de eleições
diretas). O Temer está provocando e a saída é o Congresso reagir. O clima é de
tirar ele, mas não sei se vão ter coragem de votar”, contou o parlamentar.
Outra
pauta do protesto, Técio Nunes, coordenador da Intersindical, acredita que é
preciso haver eleições diretas, uma vez que “as pessoas não acreditam no
Congresso”. “É a saída mais democrática que o Brasil tem para poder sair desse
imbróglio, que é essa crise de confiança que se tem das instituições”, disse,
ressaltando o caráter “democrático” da manifestação, onde “você vê que são
pessoas engasgadas, com cartazes e bandeiras, pedindo Diretas Já”.
Presente
na manifestação, a deputada federal Luizianne Lins (PT) fez discurso duro no
trio elétrico. “Estou chocada. A Câmara é uma gaiola das loucas. Não podemos
deixar esse safado hipócrita continuar. As coisas estão definidas, independente
da gente, pela conjuntura, pelo povo brasileiro, pelas instituições. Mas é
preciso enfrentar a política toda, e revê-la. Enquanto não houver isso, vai ser
escândalo a cada dois anos”, afirmou ela.
Com
informações O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.