Protesto em Fortaleza percorreu a Praia de Iracema (Wagner Mendes) |
No
dia do trabalhador, manifestantes protestaram nas principais capitais do País
contra a agenda econômica do Palácio do Planalto. Em
Fortaleza, milhares de pessoas saíram às ruas, na tarde de ontem, para
protestar contra reformas econômicas do presidente Michel Temer (PMDB). Entre
os manifestantes, movimentos sociais organizados, partidos políticos,
sindicatos e sociedade civil.
O
ato unificado reuniu cerca de 20 mil pessoas, segundo organizadores, no
aterrinho da Praia de Iracema para pedir a derrota do texto das reformas
trabalhista e da previdência no Congresso Nacional.
A
manifestação, concentrada no cruzamento das avenidas Historiador Raimundo Girão
e Ildefonso Albano por volta das 15 horas, seguiu de forma pacífica pela
avenida Beira Mar, se encerrando por volta das 18h30min no Mercado dos Peixes.
A Secretaria de Segurança e Defesa Social (SSPDS) não fez estimativa oficial de
público.
O
presidente Temer, assim como ocorreu no ato da última sexta-feira, 28, foi o
principal alvo de críticas dos manifestantes. Em coro, o grupo pedia novas
eleições e a saída do peemedebista do comando do País. Citando as duas reformas
que tramitam nas casas legislativas em Brasília, o público falava, através de
gritos de guerra e cartazes, em “retrocessos”.
A
agricultora Antônia Camilera disse ao O POVO que saiu de casa para
protestar porque, caso as reformas sejam aprovadas, os trabalhadores deverão
sofrer com vários retrocessos.
“É
de fundamental importância se manifestar porque essa não é uma luta de partido
A ou partido B, é de todo brasileiro. Precisamos reivindicar os nossos direitos
que estão sendo corrompidos”, disse. “O governo Temer é golpista e ilegítimo, e
veio para retirar os nossos direitos conquistados com muita luta”, finalizou.
Para
o professor Luís Júnior, 28, o momento é de pressionar os parlamentares para
derrotar as pautas do governo na Câmara e no Senado.
“A
gente tem que pressionar os parlamentares de alguma forma. Esses direitos foram
lutados para conseguir. É preciso se contrapor a esses retrocessos. A gente
precisa lutar pelos nossos direitos”, defende.
A
Polícia Militar (PM) e agentes da Autarquia de Trânsito, Serviços Públicos e
Cidadania (AMC) acompanharam o ato do início ao fim.
Em
mensagem pelo Dia do Trabalhador, divulgada por meio das redes sociais, Temer
respondeu indiretamente aos manifestantes e disse que a reforma trabalhista que
tramita no Congresso Nacional faz do 1º de Maio deste ano um “momento
histórico”.
Temer
afirmou que a “modernização das leis trabalhistas” criará emprego para os
jovens e concederá direitos a trabalhadores que antes não tinham, como os
temporários.
“Além
de mais empregos, o resultado será mais harmonia na relação de trabalho, e,
portanto, menos ações na Justiça”, disse o presidente.
Com
informações O Povo Online
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